sábado, 22 de janeiro de 2011

O chefe Hefesto




Pois bem.
Em meados de minha época de vagabundo, quando terminei o colegial, voltei a trampar. Mas não era um trabalho qualquer como, por exemplo, escritório, borracharia, boneco de posto de gasolina ou boneco de crash test (aqueles bonecos que são usados pra avaliar o sistema de segurança no carro e o carro bate com tudo em uma parede), etc. Era auxiliar de caldeireiro. Convenhamos que não é um trabalho para os delicados. Requer muita stamina e strenght. Quem me conseguiu o trampo foi meu pai, pois não aguentava mais me ver sem fazer nada em casa.
Seu Carlos (nome ficticio) , que era meu futuro chefe e sócio de meu coroa, era um anão cabeludo, malmorado e mão de vaca pra caralho. Tinha bigode e cabelos grisalhos e vivia com um cigarro na boca. A minh primeira impressão era de que esse velho era um maconheiro traficante mexicano e que eu iria "em cana" por tráfico assim que policia crussasse com a gente. Ele disse que começariamos segunda-feira e que iriamos pr guaiba desmontar um reservatório de óleo.
Até ai tranquilo.
Chegou segunda e fomos. No caminho teria mais um bravo e experiente trabalhador, o Seu Antônio (nome ficticio). Velho casca grossa, banguela, sem três dedos e aeroporto de mosquito. Parecia um zumbi, pois tinha a boca torta e não conseguia fecha-la.
Chegando lá, noto que algo estava errado. Estava quente demais. Não era um calorzinho qualquer, parecia um forno de padaria. Tudo bem, o calor não vai me derrubar.
Trabalho vai trabalho vem, fatiamos o tanque ao meio. Não era tão alto, possuia apenas 6 metros de altura e de diâmetro, mas, a temperatura só aumentava. E terminou a primeira semana.
Na segunda semana, estava mais quente ainda. Começei a reparar nos detalhes ao redor de Seu Carlos. O véio emanava chamas. Parecia o demonio com aquela serra. Do nada o veio começou a pegar fogo. Fiquei abalado com oque eu vi, então gritei:

-Seu Carlos! SEU CARLOS !!!!!

O véio tava possuido com aquela serra, já tinha gasto toda a serra e não sei como continuava cortando. Ele serrava, fumava e dava gargalhadas. Tava nem ai pra mim.
Tomei uma medida drastica, desliguei a serra. O velho se acalmou mas, ainda estava em chamas. Gritei de nono:

-O SENHOR TA PEGANDO FOGO!!!!!

Ele olhou pra mim seriamente. Em quanto olhava, as chamas diminuão lentamente. Estima eu que, a temperatura na hora passava dos 60°C. Em quanto ele se acalmava, a temperatura baixava. Muito estranho. Só tinha um argumento, esse velho não é humano.
Já estava na metade da semana, e tinha ainda que estaquear os pedaços do tanque para que o guincho o ergueçe e ele não entortar. Então, o velho começou a soldar. Até aonde eu vi, ele usava a máquina de solda, mas, em um momento da tarde de quinta-feira, eu vejo o seguinte:

Sim, era isso mesmo. O véio ergueu uma barra de ferro para o alto e uma raio caiu, então, ele começou a soldar como se estivesse em casa deitado no sofá domingo de tarde, só de cueca, tomando cerveja, comendo pipoca e olhando faustão.
Me caiu os butiá do bolso. Minhas mãos gelaram, pois o sangue foi todo para as pernas e eu precisava correr dali o mais depressa possível. Aind bem que ele não me viu, senão teria me destruido. Cheguei em casa de noite e pesquisei no Google quem seria capaz de pegar fogo e usar raios como utensilio doméstico, achei somente um nome, era Hefesto. Deus do fogo e o forger de Zeus. Estava trabalhando para um deus.
Quando descobri sua verdadeira identidade, fui obrigado a pedir as contas, pois cedo ou tarde o velho ia fazer alguma atrocidade comigo assim como fez com Seu Antônio, que era seu zumbi. Então pedi as contas e resolvi procurar outro emprego. Não achei, então fui para a o Exército Brasileiro.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Hitman: Blood Money






A série Hitman surgiu no ano 2000, com Codename 47. Desde então, foram lançados mais três games (Silent Assassin, Contracts e Blood Money), algumas novels e um filme levemente (lê-se quase porcaria alguma) baseado no enredo dos games, e que prefiro esquecer que já assisti. A IO Interactive e a Square Enix já confirmaram que em Dezembro de 2011, será lançado a 5º parte da história.

Talvez se perguntem a razão de eu não estar começando pelo início da série, mas sim pelo último game. Bem, é simples: há algumas mudanças na maneira de se jogar de Codename 47 para o Silent Assassin, só. Não é algo que valha uma análise e a história muda muito pouco.
Dito isso, prossigamos.






Não é necessário que você tenha jogado algum outro game da série para poder entender o enredo de Blood Money. Na verdade, é até melhor que você não tenho jogado nenhum, pois ficará mais impressionado. Os jogadores já acostumados com tudo, se sentirão em um ambiente familiar e confortável.

A história dos outros games é mencionada durante este, onde 47 descobre que ele e a agência para qual trabalha (ICA), estão sendo caçados por outra agência rival. Quanto mais você avança na história, mais fica sabendo sobre a outra agência e seus motivos.







O jogo possui versões para PC, Xbox/360 e PS2. Todas as versões são idênticas no quesito conteúdo e estrutura, então as únicas diferenças são na parte técnica. De todas, a do Caixote 360 é a mais impressionante, pois possui a melhor combinação de gráficos aperfeiçoados e frame rates estáveis. A versão de PC pode ser tão boa quanto à do 360, dependendo exclusivamente do hardware de sua máquina. E as de Xbox e PS2, mesmo rodando em um hardware antiquado, também são excelentes.

Os controles são bem fluentes e funcionam perfeitamente, tanto no joystick quanto com a combinação mouse/teclado.
A única diferença específica de uma versão para a outra é que a do 360 possui os Achievements, caso você complete as missões com alguns requerimentos preenchidos.






A mecânica do jogo é a mesma dos antigos jogos da série. Você começa em uma missão de tutorial, onde deve matar o dono de um parque-de-diversões que está envolvido com drogas, conhecido como Swing King. O contratante de 47 pede que a última coisa que o homem veja antes de morrer seja a foto de um ente querido que as ações dele acabaram por matar. Porém, quando você encontra o cara, ele é só um bosta que se ajoelha diante 47 e implora por misericórdia. Apesar de ter bastantes inimigos armados durante esta missão, ela é extremamente fácil, contanto que você siga as instruções que lhe são passadas. As próximas missões são mais difíceis e não tão lineares, mas esta primeira serve pra representar os tipos de humor e cenário que você encontrará daqui pra frente.


Há mais de uma dúzia de missões, a maioria se passando nos Estados Unidos, como por exemplo, o Mardi Gras em New Orleans, um hotel-cassino com temática egípcia em Vegas, um barco-à-vapor no Mississipi e uma clínica de reabilitação na Califórnia. Cada cenário é único, enorme, complexo e, principalmente, vivo. O Mardi Gras, em particular, é impressionante, com as ruas lotadas de pessoas festejando. Todos estes lugares estão cheios de guardas armados e civis, então você deve prestar muita atenção nos hábitos de cada um para que realize seu objetivo sem ser detectado.






Porém, caso venha a ser detectado, você pode simplesmente sacar suas armas e fuzilar todo mundo que aparecer...






O jogo lhe oferece uma grande quantidade de pistolas, rifles e fuzis que podem ser melhorados com o dinheiro que você ganha com as missões. Além das armas de fogo, você também possui venenos, explosivos, facas e mais uma grande infinidade de eventos no cenário que pode utilizar para fazer com que a morte pareça um acidente, como por exemplo, envenenar a garrafa de bebida, empurrar alguém da escada ou derrubar um lustre na cabeça do alvo.

As mortes por "acidente" atraem menos atenção para 47, logo rendem mais dinheiro e melhoram seu ranking, que vai de Silent Assassin, o nível mais alto e considerado o "ranking perfeito", à coisas como Psicopata e Assassino em Massa, caso você saia por aí distribuindo balas. A cada missão concluída, sua notoriedade pode subir, dependendo de seu ranking. Quanto mais notoriedade, mais fácil de alguém lhe reconhecer, então você deve subornar a mídia, os policias ou até mesmo criar uma nova identidade para que sua notoriedade diminua, tudo com uma boa quantia de dinheiro, é claro.






Completar sua missão se torna mais fácil com o auxílio de um mapa em tempo real que lhe mostra todos os inimigos, civis, alvos, pontos de interesse, etc. Porém, quanto mais alta a dificuldade, menos personagens aparecem no mapa, os inimigos se tornam mais letais e o suporte da agência diminui.

Infelizmente, a IA dos inimigos não é muito boa, mas pelo menos é decente caso você não comece a fuder com tudo. Quando está apenas observando, verá pessoas conversando, guardas patrulhando e até mesmo alguém dando uma parada pra ir ao banheiro.

Se você decidir sair atirando, vai perceber que perde para os inimigos simplesmente por eles estarem em número maior. Eles correm para cima de você em grupos, então ficar parado em uma esquina, por exemplo, é uma tática que funciona perfeitamente bem, já que a maioria deles morre com um tiro na cabeça, ou um no corpo com a Dual SilverBaller.





Aqueles que já estão acostumados com a mecânica da série, não verão muitas novidades. Você ainda pode trocar de roupa com grande parte dos personagens presentes no cenário, assumindo um disfarce e podendo entrar em áreas restritas, pode guardar coisas como armas e explosivos em caixas ou envenenar bolos e entregar para seu alvo. A grande mudança está mais no cenário do que no jogo em si.

Durante as missões você pode se esconder em armários, usar inimigos como escudo, atirar facas e outros objetos afiados, roubar a fita de vídeo das câmeras de segurança e esconder corpos em latões de lixo. Mas essas não são coisas importantes, já que você pode terminar o jogo sem fazer nada disso.

As missões são jogadas de uma maneira linear, mas com o sistema de ranking, múltiplas dificuldades e o design individual e com várias possibilidades de cada missão, há um grande incentivo para que o jogo seja terminado mais de uma vez. Mesmo que seja possível terminar a maioria das missões em poucos minutos caso você já saiba o que deve fazer, grande parte delas durarão mais de uma hora na primeira vez que jogadas.






A excelente trilha sonora é composta, mais uma vez, por Jesper Kyd, que encheu o game com combinações de corais e batidas eletrônicas. Os efeitos de som são bem realistas e as dublagens são ótimas.

Há ainda algumas animações súbitas, como quando 47 esconde uma faca de cozinha nas costas enquanto se aproxima de uma vítima que não suspeita de nada.
Inimigos mortos ainda sofrem daquele mesmo efeito "ragdoll" presente no Hitman original, e você perceberá muita repetição nos civis e guardas perambulando pelas áreas.

Mesmo assim, as diferentes localidades de cada missão cumprem seu trabalho. A cada missão completada você dará um sorriso de satisfação por ter completado mais uma missão de Hitman, ou talvez a sua primeira.


Meu veredicto: O melhor game da série, tanto para os que já conhecem o sistema quanto para os que ainda não tiveram essa chance. Aqui, o grande foco não é a história, mas sim a ambientação, o comportamento dos personagens e as dezenas de maneiras diferentes de completar seu objetivo. Blood Money é um excelente game que cumpre exatamente o seu propósito: te deixar tenso e apreensivo em frente à tela, tentando arranjar uma maneira furtiva de acabar com aquele careca sem alertar os dezenove guardas ao redor dele, ao mesmo tempo que lhe proporciona diversão e satisfação enormes ao completar cada missão.




Dica: ponha a bomba na mala e jogue ela nele.



From Russia with Love,
Mokozawa õ/




segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Malditas maldições!





Nosso mundo está cheio de supostas maldições que acabam se mostrando pura superstição ou alguma coisa criada para gerar dinheiro.

Porém, há algumas coincidências esquisitas por aí que combinam o inexplicável com detalhes macabros e que te fazem parar pra pensar...


O Homem-das-neves Amaldiçoado





Oetzi, mais conhecido como Homem-das-neves, foi descoberto nos Alpes entre a Áustria e a Itália em 1991. Nos treze anos seguintes, sete pessoas associadas com sua descoberta morreram. Em alguns casos, as mortes foram por doenças comuns, mas quatro delas foram macabramente violentas ou estranhas o bastante para fazer parecer que o caçador de 5.300 anos tenha uma certa "mágoa" com as pessoas que o desenterraram e brincaram de Plantão Médico com seu corpo.




Oetzi: feito de pura maldade. E bife bovino.




A primeira morte ocorreu em 1992, quando Rainer Henn, o patologista forense que colocou Oetzi em um saco com as mãos nuas, foi morto em um acidente de trânsito a caminho de uma conferência onde palestraria sobre o Homem-das-neves. Depois, Kurt Fritz, o guia que levou Henn à Oetzi, e descobriu a face dele, morreu em uma avalanche. Cara número três, o que filmou a descoberta, morreu com um tumor cerebral.




Estes senhores também devem estar mortos...



A lista fica mais macabra: Helmut Simon, o cara que, junto de sua esposa, encontrou Oetzi pela primeira vez, desapareceu por oito dias em 2004. Quando seu corpo foi encontrado, ele estava com a cara enfiada em um riacho, onde ele pousou após despencar 100 metros montanha à baixo. Dieter Warnecke, o chefe da equipe de resgate que encontrou Helmut, morreu de ataque cardíaco, uma hora após o funeral de Helmut.

O sexto, Konrad Spindler, morreu devido à complicações vindas de uma esclerose múltipla, seis meses após ter dito: "Acho que é uma grande bobagem. É tudo hype da mídia. A próxima coisa que vocês estarão dizendo é que eu serei o próximo."






A última morte (até agora) foi em 2005: Tom Loy, cientista que encontrou sangue humano nas roupas e armas de Oetzi, morreu de uma doença hereditária no sangue. Isso seria considerada uma morte natural se não fosse pelo fato de que a sua condição fora diagnosticada em 1992, o ano em que ele começou a trabalhar com o Homem-das-neves. Pelo que todos sabemos, você pode estar se arriscando só de estar lendo esse post.

Evidências mostram que Oetzi morreu de forma violenta, sendo atingido por uma flecha antes de ter a cabeça esmagada. Basicamente, ele é uma vítima de assassinato, largada para congelar em uma montanha, em uma cova anônima. Tenho certeza de que se maldições são reais, é esse tipo de merda que as causa.


A Tumba Amaldiçoada






Bem, se você procura por uma "maldição da Múmia" em larga escala, você precisa de uma história de fundo realmente terrível. O que nos traz à tumba amaldiçoada de Timur.


Após assumir o título de Grande Khan em 1369, Timur lançou uma terrível campanha da Pérsia à Rússia que teria deixado seu avô, Genghis, muito orgulhoso - até fazer a pirâmide de 70.000 crânios humanos que ele construiu no Norte da Índia, provavelmente por ter se cansado de carregá-los por aí.




"Só empilhe eles aí. Alguém vai pegá-los."



Quando Timur morreu em 1405, ele foi enterrado no complexo Gur-e Amir em Samarkand, Uzbequistão. Uma enorme laje de jade verde que havera servido de trono para Kabek Khan foi colocada sobre sua tumba e coberta com textos em árabe sobre como é foda ser Mongol, e, para garantir que ninguém mexesse com os ossos de Timur, as palavras "Quando eu levantar do túmulo, o mundo tremerá."




Em 1941, Stalin despachou o arqueologista soviético Mikhail Mikhaylovich Gerasimov para excavar a tumba de Tumir, suponho que para se igualar às descobertas arqueológicas dos Nazi em Tanis e Iskenderun.

De acordo com Kaumov, o primeiro cineasta do Uzbequistão, os anciões locais estavam extremamente revoltados sobre a excavação: "Esses idosos me mostraram um livro que dizia que a tumba de Timur não deveria ser aberta, ou uma guerra seria provocada. Eu era novo na época, e não muito esperto. Não dei muita atenção a esse evento. Em 21 de Junho, removemos o crânio de Timur. Em 22 de Junho, a guerra com os alemães começou."




Caveira mágica = Segunda Guerra Mundial




Em outras palavras, em menos de 24 horas após abrir a tumba que ameaçava fazer "o mundo tremer" se perturbada, os homens de Stalin viram Hitler lançar a Operação Barbarossa, a maior e mais brutal invasão da Segunda Guerra.

Após perderem milhares de soldados e civis, os russos finalmente devolveram Timur à sua tumba com direito a rituais de enterro completos, em 20 de Dezembro de 1942. Ao mesmo tempo, no outro lado do país, a Operação Tempestade de Inverno, a última tentativa alemã de evitar sua destruição em Stalingrado, falhou miseravelmente.



"DEVOLVAM A PORRA DA MINHA CAVEIRAAAAA!!!"



Para esclarecer, é a posição oficial da Ala Zanha que maldições não existem. Mesmo assim, para sua segurança, fique longe pra caralho da tumba de Timur.



O Clube dos 27




Você pode não estar familiarizado com o termo, mas o "Clube dos 27" está cheio de gente que você provavelmente já ouviu falar. Reconhece essas caras?



Da esquerda para direita, eles são: Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain. Os cinco não são famosos apenas por serem ícones da música e cultura de sua geração, mas também por terem mortes bem esquisitas.

Oh, e eles tinham a mesma idade quando isso aconteceu: 27.

Jones se afogou em uma piscina, Hendrix se asfixiou com o próprio vômito, Joplin abusou da heroína, Morrison provavelmente foi pelo mesmo caminho, e Cobain atirou na própria cara. Mas lembre-se, esses são os cinco casos mais famosos.






Na verdade, há 42 membros no Clube dos 27, datando até Alexandre Levy, que morreu em 1892. Então, Louis Chauvin, um músico de jazz, que morreu em 1908 de Esclerose Neurosifilítica, mostrando que até naquele tempo, músicos faziam sexo desprotegido com qualquer coisa que não conseguisse correr mais rápido do que eles.

E há Robert Johnson, o cara que dizem ter criado o blues, que morreu aos 27 em 1938. Há uma antiga lenda que fala sobre Johnson ter vendido sua alma ao Diabo/Exu/Coisa-ruim/Tinhoso/Cão-do-Inferno para poder fazer músicas boas.

A pessoa mais recente da lista, é um músico popular da Zâmbia chamado Lily Tembo, que morreu em Setembro de 2009. Então, se você é um músico ali pelos 20, é melhor reconsiderar aquela vaga no Burger King.



O Casamento de Vitoria






Casar é provavelmente uma das coisas mais importantes na vida das pessoas, e as mulheres costumam se preocupar sobre cada ínfimo detalhe até que acabe. Mas, elas podem se conformar em saber que não importa o quão ruim tenha sido a sua cerimônia, o casamento amaldiçoado de Maria Vitoria Dal Pozzo, 6º Princesa Della Cisterna foi muito, muito pior.






Quando o Príncipe Amedeo de Savoy anunciou que se casaria com Maria, o Rei Victor Emmanuel III da Itália foi completamente contra. Primeiro, ele achava que seu filho mimado poderia conseguir algo muito melhor do que uma mera condessa. Segundo, a escolhida não possuía "sangue real". Basicamente, Rei Victor era um homem de padrões muito altos.





Porém, Príncipe Amedeo se casou com a Princesa Maria em 30 de Maio de 1867, em um evento que pode ser descrito como o casamento mais maldito da história.

O dia do casamento começou com a festa inteira descobrindo que a mulher responsável pelo vestido da Princesa havia se enforcado com ele. A supersticiosa Maria insistiu em se casar com um vestido diferente (e honestamente, a maioria de nós também iria).

Então, enquanto os convidados caminhavam da igreja para o palácio, o Coronel que guiava a procissão caiu de seu cavalo e morreu de insolação. Após encontrarem um substituto para ele, os convidados pararam novamente aos portões do castelo, que se negavam a abrir. Procuraram o porteiro, e o encontraram caído em uma poça de sangue.

Imediatamente após o casamento, o Best Man fez um brinde ao casal dando um tiro na própria cabeça. Os convidados prontamente correram para a estação de trem mais próxima, creio que para pegarem o primeiro trem para fora da cidade. Mas até aí as coisas não estavam indo bem, o homem que cuidava do contrato de casamento sofreu um "ataque apoplético", que é uma gíria antiga para hemorragia interna maciça, normalmente no cérebro, que imediatamente resulta em morte. Após isso, um dos guardas da estação foi empurrado para baixo da carruagem da noiva, aumentando a contagem de corpos do dia.






Nesse ponto, o Rei Victor percebeu que aquele casamento lhe traria enormes despesas em funerais, e insistiu que ninguém embarcasse naquele trem e que ao invés disso, voltassem na ponta dos pés para o castelo, o mais silenciosamente possível para que os deuses não percebessem que havia alguém que eles esqueceram de matar. A volta ocorreu muito bem, até que um tal Conde também foi parar embaixo da carruagem e seu medalhão atravessou seu coração.

O Conde foi o último a morrer, mas a má sorte deste casamento só terminou dez anos depois, quando Maria morreu por complicações no parto.



A Música Maldita






Não importa o quão irritante seja a garota bêbada berrando no microfone na noite de karaokê, todos resistimos à tentação de bater na cara dela com uma faca. Mas, tal garota pode não ser tão sortuda nas Filipinas, onde a música errada pode te matar.




"Sério, pára."




Especificamente a canção "My Way", de Frank Sinatra. No mínimo, seis pessoas foram mortas enquanto a cantavam em um karaoke nos últimos dez anos.

Bem, seria bem estranho se cada uma das vítimas morresse de uma maneira sobrenatural, ou se levassem um tiro de um fantasma do Sinatra. Mas elas não levaram. Elas foram simplesmente assassinadas. Por quê? A música contém alguma mensagem subliminar que incita a violência somente à ouvidos Filipinos?

Quem sabe? Em um caso, um cara de 29 anos levou tiros de um segurança porque este pensou que o cara estava "doidão". Em outro, o amigo de alguém que estava cantando ouviu alguém de outra mesa falar que o cara cantava mal pra caralho, então o amigo (um policial de folga) se levantou e sacou sua arma na direção deles, os perseguindo pra fora do bar.

O interessante é que isso parece ser um problema unicamente Filipino. Aparentemente, bares de karaoke nas Filipinas são comparáveis ao bar Tarasco em A Balada do Pistoleiro.






0888-888-888






Um telefone celular pode ser amaldiçoado por inúmeras razões, de infinitas mensagens de spam à tocar durante um roubo de diamantes. Mas, pelo menos eles não podem te matar.

A menos que seu número seja 0888-888-888.





O número era, originalmente, da Búlgaria, lá pelo ano 2000 e passou por algumas mãos desde então. Todos que o tiveram estão mortos. Todos.






O número pertence a Mobitel, uma companhia de telefonia celular Búlgara, e, até hoje, já roubou três vidas. Em 2001, o dono original e presidente da Mobitel Vladimir Grashnov morreu de câncer. O número foi passado para um chefe da máfia chamado Konstantin Dimitrov, que foi baleado até a morte enquanto jantava com uma modelo em 2003. Finalmente, ele parou nas mãos de um executivo chamado Konstantin Dishliev que foi baleado do lado de fora de um restaurante Indiano em 2005.

Ambos Konstantins eram desonestos pra caralho (o primeiro sendo um chefe de máfia e o segundo, um executivo corrupto que comandava um império de drogas) e foram provavelmente mortos por Russos que não gostavam da concorrência, mas há algo muito macabro no fato de dois caras com o mesmo nome, na mesma linha de trabalho, ambos morrendo da mesma maneira em locais similares enquanto carregando um telefone celular com o mesmo número.




Às vezes, maldições se parecem com isso.



Desde então, a Mobitel suspendeu o número indefinidamente. Quando questionada sobre a sequência de eventos, um representante da empresa disse: "Não temos comentários a fazer. Não vamos discutir sobre números específicos."




quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Filme da Disney? Pfff!



Quando se menciona Walt Disney, o que vêm a sua mente? Um rato falante? Um pato semi-nu? Ou um cachorro retardado?

O fato é que vemos a Disney como uma fábrica de desenhos animados, e somente desenhos animados. Conheço pessoas que se negavam a crêr que a série Pirates of the Caribbean fora produzida pela mesma até que eu enfiasse o box do DVD na cara delas e mostrasse o selo da WDP.

Porém, não estou aqui para falar da Disney, mas sim de uma das suas empreitadas mais imprudentes e que acabou se tornando um dos maiores clássicos já realizados pela empresa.





Em 1976, um grupo de rapazes que trabalhavam em alguma garagem obscura se cansou de ficar desenhando modelos para um tal rato-de-bermuda e decidiu mudar completamente a visão que as pessoas possuíam sobre realidade virtual. Assim, Steven Lisberger juntou seu pessoal de confiança e iniciava-se o Projeto Tron.

Porém, quase ninguém nas empresas os apoiava, pois esse esquema de realidade virtual era algo muito "fora da realidade", as idéias que os garotos possuíam, de um filme em que 95% de sua produção é feita por computadores, parecia totalmente impossível e os diretores e produtores preferiam continuar desenhando os modelos do pato semi-nu.

Entendam que a visão que as pessoas tinham dos computadores é a mesma que nós temos dos livros virtuais atualmente. Muitos condenam os E-books, pois destróem o propósito do livro, tiram o "calor" que ele emana, os sentimentos do autor e tudo o mais. Era a mesma coisa com os computadores na década de 70/80. As pessoas acreditavam que eles estavam fadados ao esquecimento, eram só uma moda passageira e o papel sempre seria melhor.


O mais interessante disso tudo é o fato de quem decidiu apoiar Lisberger não foram, como todos nós imaginávamos, os jovens, por terem uma mente aberta e coisa parecida, mas os velhos, os funcionários antigos da empresa, grandes diretores e gerentes. Quando questionados sobre a razão de apoiarem algo tão surreal, responderam que viram a imagem de Walt Disney naqueles garotos. Disney não gostava de ficar sempre no mesmo, ele queria mais, queria desafios, queria quebrar a barreira do impossível. E era exatamente aquilo que os garotos estavam tentando fazer. Os velhos os apoiaram pois eles lhes devolveram aquele sentimento de orgulho por trabalhar na empresa, o mesmo que deixaram de sentir quando Disney faleceu.




Então, após seis longos anos de trabalho ( Tron começou a ser produzido em 1976), e 12 milhões de dólares gastos em efeitos computadorizados, o longa foi lançado ao público.


O filme conta a história de Kevin Flynn, um grande programador e criador de softwares, que se tornou responsável por aumentar exponencialmente as vendas da Encom com a criação de vários jogos para arcade, porém teve suas criações roubadas por Ed Dillinger, que as utilizou para se tornar o presidente da empresa e demitiu Flynn.

Flynn tenta hackear o sistema utilizando um programa que ele mesmo criou ("o melhor", em suas próprias palavras) chamado CLU. Porém, CLU é capturado pelo MCP ( Master Control Program), um programa mestre que controla todo o sistema da empresa, e é corrompido pelo MCP.





Após uma série de acontecimentos, Flynn consegue ajuda de dois funcionários da Encom, e amigos, Alan Bradley e Lora Baines. Mas, ao tentar hackear o sistema utilizando o terminal de Lora, o MCP dispara um laser contra Kevin que o teleporta para dentro da Grade (The Grid), o mundo virtual controlado pelo programa mestre.

Lá, ele conhece Ram, um programa de advocacia, e Tron, um programa de segurança criado por Alan para destruir qualquer coisa fora do comum na Grade, incluindo o próprio MCP. Depois de alguns jogos de disco e uma corrida de motos que fazem curvas de 90 graus, o trio escapa da arena e parte em direção ao MCP, com o intuito de destruí-lo.

Mais a frente, todos descobrem que Flynn, na verdade, é um usuário. Pausa.

Esqueci de esclarecer uma coisa muito importante. Os humanos criam os programas dentro da Grade e os utilizam de maneira normal, pois não fazem idéia de que lá dentro há um mundo virtual onde seus programas vivem. Já os programas, vivem como nós e conhecem uma lenda chamada "usuário", que alguém os cria e os controla. Ou seja, os programas veem os humanos da mesma maneira com que vemos Deus. Os humanos são Deus para os programas. E aqueles que creem nos usuários, são corrompidos ou destruídos pelo MCP, pois ele se diz ser a única verdade e razão e blablabla dominarei este mundo.





No fim, Flynn destrói o MCP, que libera os arquivos que comprovam que foi ele quem criou os jogos e os manda para todas as pessoas da empresa, fazendo com que Dillinger seja demitido e Flynn se torne o novo presidente.


Além de unir um elenco excelente, Tron também é um ótimo filme graças a seus efeitos visuais.
OK, agora você vai correr pra baixar e vai vir me xingar porque é algo extremamente tosco. Mas, É UM FILME DE 1982 CARALHO!!

Tron foi um marco no cinema. Não apenas por utilizar as maiores e mais avançadas tecnologias gráficas da época, mas também pelos temas que seu enredo aborda, e que vieram a inspirar muita gente no futuro, como o longa Darkcity de 1998 e John Lasseter, diretor da Pixar e do grupo de animações da Disney, que afirmou que sem Tron, não haveria a grande obra da animação que foi Toy Story. Até mesmo o grupo Daft Punk se inspirou no filme para criar suas músicas e visual.


Enfim, muito tempo se passou. Pessoas cresceram, arcades estão quase extintos, as torres caíram, descobriram o Pré-sal e o Jack Rakan se tornou o cara mais forte do mundo. Até que em um pequeno boato surgiu nos confins da Internet: Tron ganharia uma sequência. E não era um sequência espiritual, mas sim uma continuação direta do primeiro filme. E em 17 de Dezembro de 2010, estreou nos cinemas do mundo inteiro: Tron: Legacy.





Em 1989, Kevin Flynn, atual presidente da Encom, desaparece. 20 anos depois, seu filho Sam, que é o legítimo herdeiro da empresa, não dá a mínima para ela. Até o dia em que Alan Bradley, velho amigo de Kevin e criador do programa Tron, diz que recebeu uma mensagem de pager de Kevin vinda diretamente da Grade.

Enquanto explorava a velha loja de arcades de seu pai, Sam encontra um escritório escondido e é teleportado para dentro do mundo virtual. Lá ele é atirado na arena e participa de batalhas de disco contra alguns oponentes até que enfrenta o campeão, Rinzler, que descobre que Sam é um usuário. Rinzler o leva à uma cópia idêntica de seu pai chamada CLU, um programa criado por Kevin que se corrompeu e traiu a seu Criador e à Tron e agora é o líder soberano da Grade.

Já revelei muito sobre o enredo. Assistam e descubram o resto, vale a pena.
Ah, uma coisa que pensava antes de assistir era que se eu não visse o primeiro, não entenderia o segundo, mas não é bem assim. Claro, assistir Tron e depois assistir Legacy é muito melhor do que somente assistir Legacy. Você pára pra analisar a maneira com que a Grade e os personagens se desenvolveram, a maneira como cada detalhe mudou. Por exemplo, a Grade original era um mundo computadorizado com muito neon. Já a Grade de Legacy se assemelha a uma grande metrópole, com mudanças climáticas e tudo o mais. Isso se deve, segundo os produtores, às várias viagens que Kevin realizou ao local, sempre o modificando e o aperfeiçoando para que se parecesse cada vez mais com o mundo real.





O filme se utiliza muito de CG's, não ao nível estupidamente extremo de Avatar, e boa parte é computadorizada, principalmente a Grade. Também há uma versão em 3D, para aqueles retardados que acham que isso é algo tão essencial que irá mudar totalmente o filme.

A música é composta quase que totalmente pelo duo Daft Punk. Os efeitos sonoros, como os passos e os berros da arena, foram gravados diretamente da San Diego Comic-Con, onde os organizadores pediam para as pessoas realizaram um determinado som e gravavam tudo para utilizar no filme.

Um jogo chamado Tron: Evolution foi lançado pouco antes do filme. Ele se encaixa entre o primeiro e o segundo longa. Se você está pensando em entender completamente a história, vai ter que encontar uma maneira de jogá-lo, pois ali estão muitas informações acerca de tudo o que ocorre entre 1982 e 2010.

Finalmente, Steven Lisberger confirmou que será produzida uma sequência para Tron. Há boatos de que "Tron 3" será a primeira parte de uma nova trilogia. Já em 2012 será lançada uma série animada spin-off chamada Tron: Uprising no canal Disney XD. Os roteiristas de Legacy dizem que a mini-série de 10 episódios irá contar o que aconteceu na Grade entre ambos os filmes.




Bem, é isso. Decidi fazer esse post por ver a enorme quantidade de pessoas comentando sobre o filme. Se você tiver a chance de assistir Tron, assista. É chato? Provavelmente. Você vai ficar de saco cheio? Com certeza. Eu também fiquei, admito. Mas, valeu muito a pena quando assisti ao Legacy. Sei lá, é uma coisa diferente quando você sabe sobre tudo o que os personagens estão falando...


Vou tentar fazer um review dos dois filmes, junto com uns outros sete que tenho guardados e mais os episódios de JLA que prometi a dezenove anos atrás... Preguiça...



From Russia With Love,
Mokozawa õ/

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Coincidências ou a vontade dos deuses?





Não vou tentar enganá-los. Olhe para qualquer lugar e poderá ver uma "coincidência". Com um universo enorme como o nosso, às vezes as estrelas realmente irão se alinhar naquele exato momento.

Mas, até céticos como eu são obrigados a admitir que algumas dessas coincidências chegam a ser estranhamente assustadoras e chegamos a parar e pensar se realmente foi isso ou é Loki que está brincando com nossas vidas.


O Vento Divino Japonês




Admitamos, todos adoram uma caso de "intervenção divina" que pode ser explicado facilmente pela meteorologia básica.

Por exemplo, a Rússia foi invadida por Hitler e Napoleão, e ambos foram parados respectivamente por uma tempestade de neve e uma tempestade de neve. Wow, que surpresa. Eles não foram capazes de terminar suas invasões durante as 72 horas em que não está nevando na Rússia.

Mas então, há aquelas que te fazem pensar. Por exemplo, os Britânicos queimaram Washington, em 1814, e do nada surgiu o primeiro tornado já visto na história da cidade. Ele destruiu completamente os Britânicos e convenientemente apagou todas as chamas nos prédios federais.




Mas, isso não chega nem perto do fenômeno meteorológico mais estranho que já ocorreu: um efeito climático que ficou conhecido como Kamikaze - Deus dos Ventos -, muito antes disto se tornar sinônimo para pilotos suicidas.


A primeira invasão Mongol ao Japão ocorreu em Novembro de 1274 e consistia de 23.000 homens e entre 700 e 800 navios. Eles navegaram por duas semanas, chegaram muito antes do planejado e até mesmo estabeleceram uma base de operações na Baía Hakata. Quando a Batalha de Bun'ei começou, em 19 de Novembro, o Japão estava tão fraco que parecia que eles deveriam começar a analisar outras ilhas para se mudarem.



Isso foi antes de Tommy Lee Jones aparecer para endireitá-los




E tudo ocorria serenamente à favor dos Mongóis... Até um furação surgir e destruir sua frota como um tiro da shotgun do próprio Poseidon. Os Mongóis sofreram perdas horrendas e bateram em retirada após um dia de luta, o que é algo bem grave quando você se lembra de que esses são os mesmos cara que consquistaram tudo da Coréia à Áustria.

Mas, sem problemas. Eles não eram do tipo que desiste. Eles simplesmente voltaram com uma segunda, e maior invasão em 1281. Essa força consistia de 140.000 soldados e 4.000 navios e uma invasão dupla pela China e Coréia. Era uma força seis ou sete vezes maior do que a anterior. Era o melhor que a Dinastia Yuan poderia oferecer, e pode acreditar que o líder Mongol, Kublai Khan, esperava conquistar o Japão desta vez.




Pelo meio de Agosto, a enorme frota Mongol encontrou os Japoneses na mesma Baía Hakata onde eles haviam guerreado, sete anos antes. E, mais uma vez, e frota foi totalmente destruída... por um furacão.






Se agora você está imaginando o Japão como um enorme imã de furacões, onde você deve ter sete abrigos por casa, pare. Tempestades são extremamente raras na Baía Hakata, e uma das invasões nem ao mesmo ocorreu na temporada de furacões (eles costumam ocorrer no verão, e o primeiro ataque foi durante o inverno).

Então, quais eram as chances, exatamente, dos Mongóis serem destruídos na Baía Hakata? De acordo com fontes Japonesas, um furacão como o que atingiu os Mongóis ocorre a cada cem ou centenas de anos.

Ou, como foi com os Mongóis, cada maldita vez que eles invadiram o Japão.





Duas tempestades, em sete anos, ambas exatamente onde os Mongóis atacavam, e no local onde a frota deles estava.


Os Mongóis nunca tentaram invadir o Japão novamente...



Uma predição terrivelmente correta por Edgar Allan Poe






Em 1832, o deus do terror futurista, Edgar Allan Poe lançou um livro entitulado A Narrativa de Arthur Gordon Pym de Nantucket, sua única novela completada. O livro chocou tanto os críticos que o próprio Poe concordou que ele realmente era um livro medonho (e ainda assim, bom o bastante para inspirar Julio Verne e Herman Melville à escreverem Moby Dick e Um Mistério Antártico... Sim, Poe era fodão).


Poe fez uma coisa ao estilo Bruxa de Blair com seu livro, que dizia ser baseado em eventos reais. Isso acabou se provando verdade, só que os eventos reais ainda não haviam ocorrido.

Em uma parte, Arthur Gordon Pym de Nantucket está em um navio pesqueiro abandonado no mar, com apenas quatro tripulantes. Sem comida, os homens decidem no palito quem será comido, a infeliz decisão caindo sobre um pequeno jovem chamado Richard Parker.



Antes de se tornar pai do Spider-Man e
ser traído pelo Caveira Escarlate!





Sessenta e quatro anos depois, ocorreu um disastre no mar envolvendo o Mignonette. Ele se tornou famoso devido às consequências legais dos horríveis eventos que ocorreram à bordo, especificamente a maneira em que os tripulantes decidiram no palito e decidiram comer um jovem...


... Que se chamava Richard Parker.



Richard Parker, 17 anos.




A história bizarra foi descoberta décadas depois por Nigel Parker, um primo distante do Parker que foi comido. Só dá pra imaginar que merda passou pela cabeça dele quando descobriu a conexão.


Porra, isso fui eu!



E isso se tornaria a predição não-intencional mais sinistra em uma história fictícia, caso não fosse completamente derrotada por...



Morgan Robertson escreve sobre o Titanic... 14 anos antes





Cem anos antes de James Cameron tornar uma tosqueira em forma de arte ganhadora de Oscars, o autor Norte-americano, Morgan Robertson escreveu um livro escroto entitulado Futilidade, ou os Destroços do Titan, sobre o naufrágio de um navio "inaufragável". Quando você vê a capa, logo percebe que é uma versão fictícia da história do Titanic.




Nenhuma surpresa aqui; é uma estória que foi contada e recontada várias vezes (houveram 13 filmes sobre o Titanic antes de Cameron, incluindo um dos Nazistas) mas o livro de Robertson veio primeiro.

Na verdade, ele estava tão desesperado para ser o primeiro que, aparentemente, não se preocupou em esperar o Titanic afundar antes de escrever. O livro foi publicado em 1898, 14 anos antes do RMS Titanic estar perto de ser, porcamente, terminado.

As semelhanças entre o trabalho de Robertson e o disastre do Titanic são tão incríveis, que dá pra imaginar se a White Star Line construiu o Titanic da maneira que Robertson escreveu, como um desafio. O Titan foi descrito como "o maior navio a flutuar e o maior trabalho dos homens", "igual à um hotel de primeira classe" e, claro, "inaufragável".

Ambos navios eram Britânicos, ambos tinham em torno de 250 metros de comprimento e ambos afundaram após atingir um iceberg no Atlântico Norte, em Abril, "em torno da meia-noite". Parece o bastante pra te deixar acordado à noite? Talvez por essa razão Robertson tenha republicado o livro em 1912, em caso de alguém não saber que foi ele quem escreveu.




Ainda que a novela possua algumas coincidências curiosas com o desastre do Transatlântico, há algumas coisas que Robertson errou feio. Uma delas, o Titanic não bateu em um iceberg a "650Km de Newfoundland" à 25 nós. Ele bateu em um iceberg a 650Km de Newfoundland à 22.5 nós...

Pera! Má que merda?! Isso foi um chute de sorte!


Mas, talvez a coisa mais estranha sobre o Titan eram as coisas que não tinham nada a ver com a história, mas que foram comprovadas após várias pesquisas e expedições aos destroços.

Por exemplo, ambos os navios possuíam muito poucos botes salva-vidas para acomodar todos os passageiros à bordo; o Titan carregando "o máximo que a lei permitia". Enquanto Robertson decidiu ser generoso e por quatro botes a mais do que os que haviam no Titanic, é um ponto estranho de se levantar quando se considera que botes salva-vidas não tem nada a ver com a porra da história. Quando o Titan atingiu o iceberg, o navio afundou imediatamente, fazendo com os botes não servissem para nada. Pra quê mencionar o número exato deles?!

Seria como se Hal 9000 falasse sobre o perigo dos O-rings quando usados à baixas temperaturas décadas antes do desastre da Challenger.



A Guerra Civil caça Wilmer McLean






Quando a Guerra Civil Americana estourou em 1861, Wilmer McLean da Virginia era muito velho e tudo o mais para guerrear. Infelizmente, ele também vivia na estrada entre Washington e Richmond, respectivas capitais da União e da Confederação.

A primeira batalha de Guerra ocorreu bem no jardim de Wilmer. A Batalha de Bull Run começou em 21 de julho de 1861 próxima à Manassas, Virginia... Cidade natal de Wilmer. O General Confederado Beauregard precisava de uma construção para estabelecer um quartel-general para suas tropas, então quando viu a bela casa de McLean, disse "foda-se!" e acampou ali mesmo.

Imediatamente, o prédio se tornou alvo de artilharia, e uma bala de canhão desceu pela chaminé da casa. Era para o lugar inteiro ter explodido como a Death Star, mas de alguma maneira ninguém se feriu.




Mas, ei, uma quantidade insana de batalhas ocorreu ao longo daquela estrada. Muitas pessoas entre Washington e Richmond poderiam dizer que uma batalha ocorreu em seu quintal. E, após escapar do Ceifador nesse encontro em sua própria casa, McLean decidiu que o melhor a fazer era tirar a sua família daquela terra.

Porém, o maldito levou tanto tempo pra sair dali que em 1862, uma batalha duas vezes maior e quatro vezes mais sangrenta estourou bem na frente da porta dele, de novo... A Segunda Batalha de Bull Run. Após escapar disso tudo, Wilmer vendeu sua casa e levou sua família para o mais longe que pudesse pagar.

Wilmer se instalou em uma cabana em Clover Hill, a cidade que certo tempo depois mudou seu nome para Appomatox Court House... E eu reclamo de Canoas...

Em 1865, o Exército "invencível" da Virginia do Norte de Robert E. Lee estava ocupado demais sendo chutado pelo Exército da União do General Ulysses Grant, enquanto defendiam Richmond.
Então, após abandonarem sua capital, aquela porcaria que Lee chamava de exército foi seguida por Grant através de toda a Virginia até... A maldita Appomatox Court House!



Os exércitos da Guerra Civil, levando a batalha
a qualquer lugar onde Wilmer estivesse naquele dia.




Em 9 de abril de 1865, General Lee oficialmente se rendeu à Ulysses Grant, acabando com a Guerra de Secessão. O lugar onde ele se rendeu: a sala-de-estar da nova casa de Wilmer McLean.

Assim que os dois exércitos saíram (e levaram alguns objetos como souvenirs), o agora falido Wilmer disse: "A Guerra começou no meu quintal e terminou na minha sala", o que é provavelmente a forma mais cheia de classe com que o um homem pode lidar com o fato mais cagado da história do país.



A sorte extrema dos Aliados na Batalha de Midway





A Batalha de Midway é lembrada como a batalha naval mais espetacular da história e uma das grandes viradas no controle sobre o Pacífico, mas ela começou totalmente errada para os Norte-americanos.


Apesar de ir para a batalha com a maioria dos planos Japonenes no bolso, graças aos Codebreakers/Espiões Bothan, a Marinha dos EUA não tinha muito o que mostrar nas primeiras horas do dia 4 de Junho de 1942. É que todas as aeronaves que enfrentaram os Japoneses naqueles dia estavam destruídas, e tudo sem causar um dano sério. Resumidamente, a Batalha de Midway começou como a Batalha de Endor, só que com todos os fighters da Frota Rebelde se atirando nos escudos defletores da Death Star.





Havia um esquadrão de bombardeiros Americanos liderados pelo Tenente Comandante C. Wade que ficou perdido a caminho da batalha. Tão perdidos que eles perderam completamente o banho de sangue que destruiu todas as aeronaves de seus companheiros. Quase sem combustível e voando cegamente no meio do Pacífico, o Comandante Wade, possuindo big cojones, continuou procurando pela verdadeira Frota Imperial.

Seu esquadrão começou a cair um a um até que, em um ato de pura sorte que faria J.K. Rowling chorar de orgulho, Wade deu de cara com um Destroyer Japonês. Quando ele ergueu seus olhos para verificar o horizonte, o bastardo viu o Sol Nascente da Frota Imperial Japonesa olhando de volta, então ele percebeu " Puta merda! Justamente o navio inimigo que eu procurava!". Claro, julgando a partir do que havia ocorrido anteriormente, isso significava morte certa.



"Don't worry! I know a few maneuvers!"




Enquanto encontrar os navios foi muita sorte, algum tipo de sorte ridiculamente idiota fez com que o esquadrão de Wade chegasse bem no momento em que os três porta-aviões Japoneses estavam reabastecendo e recarregando suas aeronaves.

Em poucos minutos, os porta-aviões Kaga, Akagi e Soryu ( junto com todas as suas aeronaves) foram destruídos em um ataque que custou à Marinha Imperial seus melhores melhores pilotos e marujos. O quarto porta-avião, Hiryu, foi afundado em um contra-ataque no dia seguinte, o que efetivamente acabou com toda a Força de Ataque que destruiu Pearl Harbor.

Essa vitória na loteria duas vezes no mesmo dia causou a primeira derrota da Marinha Japonesa em 300 anos, e uma vitória de virada para os Aliados, da qual o Império nunca se recuperou.


Seria como isso acontecendo quatro vezes, na mesma batalha.








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