sábado, 18 de junho de 2011

Te pego na saída! - Parte 1





Lok'tar, old friends!

Como ando sem fazer nada ultimamente (somente uma aula por semana e muito Fable no pc) acaba sobrando muito tempo para divagar sobre as nuances que perpetuam este ciclo infinito que vocês mortais conhecem como "vida". Acabei relembrando muitos momentos que a muito havia esquecido e comecei fazer uma espécie de diário (ai que meigo) com todo o tipo de coisa que eu consiga lembrar e que mereça (é com Ç? É sério...) ser contada a meus companheiros de partido. Notem que há coisas que não podem e não devem ser mencionadas aqui, então existe a necessidade de uma checagem antes de postar, mas, conforme for anotando, vou postando, tudo na medida em que meu corpo divinamente nórdico seja capaz de suportar.


Escrevi demais em um único paragráfo, e isso não é saudável, então vou direto ao ponto. A maioria das pessoas que eu conheço (não são muitas) já brigou na escola ou mente e diz que já pra poder ter alguma chance de entrar na Liga da Justiça. Eu nunca fui uma pessoa de brigar, apesar de gostar de intimidar os mais fracos. Porém, quando minha moral era menor do que a de Carl Johnson no começo, andando de magrela com a negada e fugindo dos Ballas, atravessando o parque e tomando tiro nas costas, eu não costumava ter uma visão Chaotic Evil do mundo. Sempre fui o gordinho tímido no fundo da sala, que não falava com ninguém, sempre gabaritava as provas, que gostava de brincar de Playmobile e ouvia Dire Straits e Queen quando a moda era O Tchan. Isso na escola, com aqueles ranhentos desconhecidos. Com os ranhentos conhecidos, eu sempre fui o filho-da-puta-pau-no-cu-mas-que-empresta-dinheiro-e-dá-micro-sd-de-presente.

Enfim, meu nível de interação social sempre foi baixo. Houveram alguns ápices, como por exemplo, na 1ª série, quando eu discuti por horas e horas com um outro gordinho o porque do Gonzo ser azul, na 2ª série, enquanto brincava em um balanço (na época que dava pra sentar em um sem que as correntes começassem a ranger) e na hora de descer, dei um pulo e acertei uma voadora de 2 pés em uma criancinha que passou na frente bem na hora e na 3ª, pulei o muro do colégio pra atravessar a rua e comprar uma revista Recreio... Depois eu voltei, logicamente.

Penso que minha maneira de pensar e minha personalidade se formaram na 6ª série que, apesar de ter sido no CCR (mencionado no último post meu), foi onde conheci algumas pessoas que na época eram legais. Hoje eu atearia fogo em suas famílias e assistiria com um sorriso no rosto. Só Coisinhas Fofas se safam deste destino. Mas enfim, minha vida pode ser separada em "Jovem Mokozawa", "Mokozawa, a Criação" e, por fim, "O Lendário Monarca do Norte". As histórias que vou contar para vocês se passam no primeiro e terceiro períodos, respectivamente. Como diria o Whitesnake: "Here I go"... Again on my own, going down the only road I've ever knoooooooown! (8)


Quinta série, eu ainda era o gordinho tímido. Meus únicos amigos moravam em outra cidade e só apareciam no verão, logo, o ano inteiro eu ficava sem falar com ninguém, a não ser meus parentes e meus Transformers imaginários. Porém, em um final de semana fui para a casa de um desses amigos e ele me conseguiu o grande lançamento do século: GTA Vice City. Notem, era a versão de PC, a mítica versão de PC, que, na época, somente os mais populares possuíam e era muito difícil de se conseguir (hoje, eu tenho 5...). Esse meu amigo jogava tênis e sempre participava de campeonatos regionais e sempre competia contra 3 colegas meus e por alguma razão mencionou meu nome que veio seguido de "GTA Vice City". Logo, segunda-feira, quando cheguei na aula, uma dessas 3 pessoas veio falar comigo. Letícia, a garota mais bonita da sala, e da escola a meus jovens e virgens olhos (isso foi muito antes de descobrir que a Playboy existia). Ela chega pra mim e pergunta, com sua voz suave e aveludada:

- Tu é amigo do Pedro? (não o Pedro do headphone, o Pedro do tênis)

Meu coração dá um alô pro cérebro e respondo:

- Eu sim. (h)

- É tu que tem GTA Vice City pra PC?

- É.

- Me empresta?






- Claro... Tu sabe fazer o crack?

-Hmm... Não... Faz um tutorial pra mim?






- Faço... Amanhã eu trago.

- Tá. Quando quer que eu te devolva?

- Ah, eu já zerei (mentira) umas três vezes, (MENTIRA) 100% (CARALHO!!). Traz quando tu terminar.

- Tá, quando eu zerar eu te aviso.

- OK.

- Ah, tu tem os cheats dele?

- Tenho...

- Manda pro meu e-mail?






- Tá, depois me passa.

- Tá, valeu.


Devo confessar, senti orgulho de mim mesmo. Eu era o Lorde de Valhalla, o Titã que escala a Montanha, o lenhador que salva a Chapeuzinho Vermelho, eu era O fodão. Passei o dia inteiro feliz, até que chega a hora de ir embora. Estou descendo as escadas que levam para o portão da escola quando percebo que estou cercado por 3 caras que nunca vi na vida. Então, sinto um Impacto Fulminante no meio das costas e caio de cara no chão. Olho pra trás, e vejo Mateus, o playboy féladaputa da nossa sala, que não possuía honra e me deu uma voadora pelas costas.

Ele estava extremamente irritado por eu ter trovado (WHAT?!) a mina que ele gostava e somente por isso junto os mano do gueto pra da um pipoco neu, saqualé?

Certo, era 4 contra 1. Dois deles vieram pra cima e me agarraram. Minha imaginação me dizia que isso acontecia:




"Let's pray, that heaven is on your side!
Through violence and horror, shall honor arise! (8)""




Porém, eu estava preso e Mateus me dava socos no estômago. Minha única saída seria fazer isso:





Mas, como não sou sou chinês e ainda não havia me libertado da Matrix, só fui capaz de dar um coice no saco de um dos que me segurava, o que deixou Mateus surpreso e o fez baixar a guarda.
Aproveitei a situação, invoquei o João Cláudio Van Damme que há dentro de cada um de nós e acabei com essa porra.






Um com dores escrotais terríveis, Mateus caído ao chão e os outros dois perplexos. Era só me aproximar e acabar o serviço, porém, quando fui dar o golpe de misericórdia, a figura máxima de todas as escolas caiu dos céus bem a minha frente: "A Diretora".


Ela olha pra cena, dois caras agonizando no chão, dois espantados, e eu. Eu, em pé, com um sorriso triunfante no rosto, pronto pra chutar o rosto de meu oponente. Desesperadamente, ela nos separa e me leva pra sala dela.

No fim das contas, tomei uma suspensão de três dias. Quando voltei, toda a escola sabia do ocorrido e ficava me olhando torto, como se eu fosse um feiticeiro voodoo que lançou uma magia fuderosa pra torturar uma pessoa dócil e extremamente gentil. Cheguei na porta da sala e quando a abri dei de cara com Mateus. Nos encaramos e vi a fúria nos olhos dele, mas, não havia mais medo, receio ou qualquer coisa que me fizesse correr. O encarei de volta.






Ele me deixou passar. Fui em direção a Letícia, entregar o jogo. Porém, quando viu que eu me aproximava, ela lançou um olhar de nojo e disse:

- Nunca pensei que tu poderia ser tão pau no cu.

Se virou e foi embora.






Nunca entendi o motivo daquilo. Só sei que a partir daquele instante jurei renegar todos os meus sentimentos, me tornar um ser perfeito, e nunca mais cair nas artimanhas femininas. E o fiz... Até me mudar pra Canoas e entrar na 6ª série, onde conheci Carol... Ah, Carol...




 Enfim, essa foi minha primeira briga de escola, que nunca mencionei pra ninguém que conheço, pois se comparada à bater com a cabeça do Tio Phil na coluna, ela acaba parecendo um amontoado de bosta, mas sinto orgulho dela mesmo assim.


A outra briga conto na continuação deste post. Cya! õ/









2 comentários:

  1. Antigamente, eu era a guria mais odiada da sala. Todos me xingavam, me ignoravam, me excluíam e tal, isso porque eu era dessas gurias feias e chatas. Como toda sala tem, tinham as populares da sala. Elas eram "as gostosas da sala" (sendo que nós tínhamos 11 anos e éramos tudo um bando de criança), e elas gostavam de ficar me dando patada por serem "melhores" que eu. Num belo dia, eu estava tentando socializar com as gurias não populares da sala e eis que vem as gostosonas (e uma seguidora, que era gordinha) e começam a empurrar a mesa pra cima de mim, pois eu estava sentada no "lugar de uma delas". Eu, implicona como sou, fiquei esperando elas pedirem licença para eu sair, isso até elas começarem a me empurrar da cadeira. Aí eu virei e dei um puta tapa na cara de uma delas, e ficou aquele silêncio tenso mortal na sala e a gostosinha com cara de "COMO OUSA", e eu apavorada, pois bater numa popular = ódio eterno por todos, apesar de nunca ter me arrependido de ter o feito. A guria nunca mais me encheu o saco.
    Ok, aí teve a vez que eu empurrei outra das populares na piscina, com roupa e tudo. Não foi por ódio, mas a guria ficou extremamente puta comigo e eu só rindo.
    Agora, em 2011, as gurias da sala e grande parte dos guris não suportam as gostosinhas da turma, bando de puta esnobe tosca mandona, e eu sou vista como uma heroína, chegando a receber pedidos de extermínio da última gostosinha que falta (literalmente).

    (H)

    ResponderExcluir
  2. /rialto

    Pior que em qualquer grupo de populares, sempre tem um gordo seguindo eles pra cima e pra baixo... Ah se eles soubessem que são as únicas criaturas, junto com as baratas e os vira-latas, que sobreviveriam a um holocausto nuclear...

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...