domingo, 19 de junho de 2011

Te pego na saída - Parte 2




Voltei pra postar a parte dois com mais peripécias marciais executadas por este que vos fala. Se você não leu a Parte 1, aqui está ela.

E antes de tudo, quero divagar sobre três conclusões que tive após escrever a primeira parte.

Primeiro, todo cara já se apaixonou por uma Carol, fato. Andei conversando com uma galerinha e todos eles já tiveram uma Carol em suas vidas. Isso serve de aviso: se você está interessado em uma Carol, ESQUEÇA! Ela vai quebrar o freio do seu carro, então enquanto você estiver subindo a serra, na primeira curva fechada, lá vai você montanha abaixo. Esse nome é maldito, e tenho dito.

Segundo, eu tenho um histórico com a família Ramos. Na boa, todas as garotas de quem eu já gostei e fui capaz de descobrir o sobrenome, lá estava ele: "Ramos". Nina, Carol, Nessa, Hérika, Bruna e muitas outras que já foram e virão, ah, com certeza virão... "Besteira", alguns vão dizer. "Putice tua", dirão outros. Mas na verdade, eu fico amedrontado com este fato porque o Tony ainda tá aí, forte, saudável e peludo. Já me interessei por boa parte da família dele, quem me garante que ele não é o próximo?


E por fim, lembrei de outras coisas que não me envolvem exatamente em brigas/porradaria/quebra-pau, mas eu estava presente, portanto as incluirei em um spin-off deste post.

Ok, era só isso. Here we go!






Como vocês já devem saber, 2008 foi o ano perfeito e duvido que exista algum outro tão maravilhoso. Porém, ele se tornou bom a partir de Junho e tudo o que ocorreu antes disso é uma grande incógnita para a maioria das pessoas que me conhecem.


Oitava série, lá estava eu. Na época, já estudava com Cachopper e, devo admitir, gostava de ir à escola. Bons tempos de colegas peitudas com decotes enormes...





Professoras de Geografia nos fazendo assistir ciples da Roxette...




"Listen to your heaaaaaaart!""



E ainda não existiam colegas de um amigo que emprestavam TEX pra ele...




Na verdade, nada de muito interessante ocorria na minha vida. Eu era um garoto normal, como qualquer outro. Até o dia em que "ele" voltou pra me aterrorizar. Maldito seja aquele ser maldito. "Ele" estivera na escola durante minha segunda passagem pela 7ª série, e agora, após dois anos "ele" retornara pra me enfurecer. Me refiro à Andrew... Ou eu acho que era pra ser isso... Da maneira que as pessoas falavam, parecia ser Andrios... Mas isso é robótico demais...

Enfim, como todos já devem saber, eu herdei o posto de "Gordo" da escola após a saída do Gordo original, que de fato era mais magro do que eu. Porém, surgiu Andrew, que não era somente gordo, não somente obeso, não somente mórbido, mas tudo isso unido em um único corpo que de alguma maneira conseguia suportar o próprio peso...

Eu nunca fui muito social com os meus colegas. Em Santa Catarina, onde morei até a quinta série, eu não era muito, mas em Canoas as coisas haviam piorado. Sempre fui meio ("meio"...) retardado e conquistava a amizade das pessoas através de piadas ou idiotices que falava e fazia. Só que na 6ª e 7ª séries que estudei no CCR, eu era rodeado de playboyzinhos enquanto eu era praticamente o único que tinha vindo de um lugar muito parecido com Bed-Stuy (Do or Die). Então, sem querer parecer reclamão pois essa não é a intenção, eu era constantemente zoado pelos "populares" da sala, mas aprendi a controlar meu poder magnífico ao invés de arrancar a cabeça de cada um deles, espetar em lanças e deixar na frente da minha casa.

Quando falhei miseravelmente e tive que refazer a sétima série, meu pai se irritou e me mandou para uma escola pública. Ele não imagina como sou grato por isso. Porém, falhei novamente e teria que realizar mais uma vez a 7ª. Foi neste ano, 2007, em que conheci Cachopper. Após um ano de escola pública, e amigo de Gordo, já me sentia feliz naquele local.

Cheguei em uma turma nova, com professores e colegas novos. Na época, meu cabelo era comprido, estilo Slash, eu vestia somente preto e olhava torto pra todo mundo. E tenho certeza de que entrar na sala dizendo "qualé, tia" pra professora não me ajudou em nada...

Enfim, finalmente passei, graças aos esforços conjuntos meus e de Cachopper (na verdade, ele ajudava na matemática e eu no inglês...) e fui para a oitava série. Mas mesmo assim, ele era praticamente o único com quem eu convivia fora dali.




Cortei e vendi meu cabelo, o que diminui meu nível de honra, e aí que a putaria começou. Vejam bem, putaria pra mim é começar a me socializar com aquele bando de gente que eu nunca gostei e nem fazia questão de gostar. Caralho, até a Stephanie falava comigo e ela era a patricinha da escola!

Senti que a falta de cabelo me fez ficar mais fraco, mas também me trouxe vantagens como poder apertar a bunda e apalpar os seios de algumas garotas sem que elas me olhassem como um mendigo bêbado que caiu do navio que fugia da guerra.






Tudo ia bem pra mim, até Andrew surgir. De alguma maneira, ele atraia a atenção de qualquer ser do sexo feminino que passava por ele... Mesmo ele sendo mais pesado que a roda traseira de um trator...

E isso me deixava bolado. Eu era o Monarca, The King of The Hill, dono da Bandeira e Regente dos Sete Reinos, O Gordo da escola, mas ele queria roubar este posto de mim junto com quaisquer privilégios que eles me provessem, incluindo poder arrombar a porta da sala com um Roundhouse Kick porque um bando de retardados te trancou do lado de fora.






Enfim, como o Cachopper era o único com quem eu me relacionava, quando ele não ia na aula, eu ficava no meu canto sem fazer nada. Até os professores diziam que quando um de nós não ia na aula, o outro se tornava em alguém extremamente estudioso e que participava da aula ativamente, de uma maneira que não incluía beber refrigerante durante a aula e oferecer Valfresh pra professora.


Em um destes dias de ausência de Cachopper, na saída da aula, ficamos na frente da escola esperando o ônibus. Como o primeiro sempre vinha lotado, acabávamos esperando meia hora pra pegar um vazio e isso fazia com que houvessem poucas pessoas por ali. Naquele dia chuvoso, estavam Andrew e um amigo, uma garota e eu. Andrew trovava a garota e de vez em quando ficava me encarando.

Uma coisa que eu odeio muito são pessoas que ficam encarando. Cacete, eu não encaro de volta porque elas podem pensar que é uma afronta, ou podem estar olhando para algo atrás de mim e ficarem espantadas ao me ver encarando-as.






Mas esse Gordo pedia, e numa dessas eu resolvi olhar de volta e utilizar meu Olhar da Penitência contra ele. Nisso, ele diz:

- Tá olhando o que?

- Nada não, cara...

- Tá tirando comigo?

- Mázein?

Ele vem pra cima de mim e me dá uma barrigada ao estilo Nhonho que quase me derruba no barro.



Time to die, bitch.




Avanço pra cima do gordo e me atiro na direção dele, porém a barriga o protege, o que me atira pra trás novamente. Nisso, o amigo dele já se prepara pra brigar. Chutei o cara no estômago e fui pra cima do gordo de novo. Quem já viu um gordo brigando sabe que a maioria fica indo pra trás quando alguém avança pra cima deles e tenta se defender dando barrigadas e empurrões. O problema aqui é que o gordo era três vezes maior do que eu, o que tornava uma aproximação direta muito difícil. Resolvi fazer o mais óbvio: chutei a barriga do gordo.





Ele caiu no chão e ficou tentando se levantar, como uma tartaruga com a barriga para cima. Comecei a chutar, mas o amigo dele me atirou longe e falo pra parar aquela porra ali. O cara era capaz de me agarrar e me empurrar uma distância considerável, por isso respeitei sua decisão.


O gordo se levantou, me encarou, me ameaçou de alguma maneira que não me recordo e foi embora junto de seu amigo. O ano seguiu tranquilamente e, não sei como, até hoje ninguém sabia disso, apesar de ter sido na frente da escola e eu com certeza devo ter comentado com alguém no dia seguinte.

Enfim, nunca mais vi esse gordo. Creio que meu chute foi tão poderoso que causou falência múltipla dos órgãos e ele morreu poucos minutos depois. E assim meu reinado pôde continuar pelo resto do ano letivo e não perdi nenhum privilégio.


Novamente, não foi uma briga de bar onde voa coisa pra tudo que é lado. Se vocês prestarem atenção, perceberão que minhas brigas são basicamente One-Hit K.O.

Não gosto de brigar, mas admito que até hoje me arrependo de não ter batido em muita gente que merecia. Mas, com os recursos certos, tudo é possível.

Anyway, até o próximo post que tenho certeza que não aparecerá em breve. õ/







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