quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Rótulos e Posers


Ó assíduos leitores deste másculo blog, como eu sou uma pessoa muito maleável e flexível, vim trazer um novo gênero de post agora. Vou postar minha lendária teoria que trata de rótulos e posers, sendo que inicialmente era uma trilogia (cuja próxima parte vou postar em outra ocasião), mas eu a transformei numa biologia pois dois dos assuntos poderiam ser abordados em um só.

Sem mais enrolations, embromations e punhetations:

Imagine que sua pessoa gosta de uma banda...Vamos usar AC/DC no caso, pois eu estou com vontade.Aliás, vamos aproveitar e chamar sua pessoa de Josias.
Josias gosta de AC/DC, porém ele não conhece os integrantes da banda.Ele realmente adora as músicas, caga ouvindo AC/DC, toma banho ouvindo AC/DC, limpa a casa ouvindo AC/DC e ouve AC/DC ouvindo AC/DC.

Um belo dia, Josias vai ao colégio e encontra um garoto com uma camiseta do AC/DC.Josias vai lá e começa a conversar com o cara, até que o cara cita o lendário Angus Young, e nesse momento nosso protagonista se vê perdido.Ele pergunta ao seu novo amigo quem é Angus Young.
A resposta mais esperada, após pesquisas minhas, seria "é o guitarrista do AC/DC cara!! Seu poser, gosta da banda mas nem conhece os membros?"

Agora pararemos a história e nos remeteremos a uma reflexão. Realmente, é estranho alguém que gosta tanto de algo não conhecer seus princípios, mas vejamos, o garoto estava certo?
Paremos e reflitemos agora: qual o conhecimento mínimo necessário pra ser fã de algo? Qual o mínimo de músicas que se deve conhecer? O quanto se deve conhecer a história disso?
Quem definiu esses parâmetros? Quem é fã o suficiente para defini-los?

Sócrates dizia que deveríamos nos questionar até o fundo para garantirmos que realmente sabíamos, mas vamos levar em conta que o Josias realmente gosta das músicas da banda, mas simplesmente não se interessa pela sua história.
Que direito o outro garoto possui de estipular os valores mínimos para que o jovem Josias seja um verdadeiro fã?

Agora vamos a uma escala maior: Josias se diz rockeiro. Ao encontrar um garoto com uma camisa do AC/DC, banda que como já citei ele adora, ele resolve conversar con o garoto, até que o garoto começa a falar sobre Nirvana.
Josias diz que não conhece Nirvana, então o garoto diz "Seu poser!! Não existe rockeiro que não goste de Nirvana!"
Isso é uma generalização extremamente idiota se formos analisar a fundo e ainda usando os dados que mostrei aqui, no entanto devo alertá-los (caso ainda não tenham notado/ praticado essa ação) é muito comum. Esses dias mesmo vi meus colegas comentando que "não existe metaleiro que goste de System of a Down".

Ora, agora para se considerar um metaleiro, um dos pré-requisitos, estabelecido por não sabemos quem, é não gostar de System of a Down.Isso pode se aplicar a coisas até bastante diferentes, como alguem dizer que um pagodeiro não pode assistir desenhos japoneses.
Isso sem citar os costumes/vestimenta necessário para ser aceito em tais grupos, mas deixemos esses detalhes pra continuação desse post.

Gostaria que nossos queridos leitores refletissem sobre isso e vejam o quão imbecil é estabelecer valores que devem ser atingidos para conseguir algum patamar.
E é aí que eu queria chegar, na conclusão.

Pra que rótulos? Caso não existissem as pessoas que se dizem rockeiros, ninguém poderia botar limite em sua personalidade para que se enquadre no quesito "rockeiro". As coisas seriam muito mais simples.E vejamos, caso não houvesse ninguém tentando se enquadrar no quesito "rockeiro", ninguém poderia encaixar ninguém no quesito "rockeiro falso", vulgo poser vide história do Josias.

É claro que também existem as pessoas que tentam se impor gostos para se dizerem, no exemplo que estou usando, rockeiros. Esses são os que merecem ser chamados de posers, porém eles apenas existem pois a "classe" rockeiro existe.

Por fim, podemos dizer que, caso não existissem rótulos imbecis para classificar as pessoas, não existiriam:
- pessoas que se enquadram nos rótulos;
- pessoas que acham que se enquadram nos rótulos;
- pessoas que acham que podem definir quem se enquadra ou não nos rótulos;
- pessoas que se impõe "gostos" apenas para se enquadrar nesses rótulos.

Então, larguem essa história de rótulos e vejam o mundo ao seu redor com os novos conceitos que acabaram de aprender com o mestre aqui.

Já metendo um spoiler, a continuação dessa teoria trata especificamente de emos, o que vai melhorar a vossa percepção dessa teoria e ver que ninguém deve ser chamado de emo (não, eu não os defendo, mas vocês entenderão meus motivos quando eu continuar esse post).

E é isso! \o/

Um comentário:

  1. Rótulos são importantes o/
    Sem eles não sei o que eu to comendo, informações do produto tipo carboidratos, vitaminas e tals sacas?

    E esse papo de "classe" é coisa de puto ¬¬
    Única classe é Crusader, o resto é pura babaquice criada pela sociedade moderna, ou melhor, contemporânea, porque moderno é andar de carroça o/

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