segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Costumes e heróis de infância



Adoro o Chrome por ele não me deixar redimensionar imagens... E adoro mais ainda por poder editar o código-fonte dele e, se quiser, transformá-lo em uma arma de destruição em massa. É assim que a vida funciona meus pupilos, eles lhe tiram alguma coisa útil e lhe dão algo inútil em troca, nos convencendo de que é mais rápido e PODEROSO!!!!1!!1! do que o concorrente... Ou talvez não seja assim que funcione a vida, mas sim as grandes corporações...

Divaguei... E isso não foi uma mensagem em prol da luta contra o sistema! Não importa o quanto lutem, as máquinas sempre vencerão no fim. Única pessoa que se desconectou do sistema foi o NoCry (nome fictício para não identificarem o Nery)... E o Neo... E o Morpheus também... E toda a galera de Zion... Até o Smith! É...

Enfins, mais um post maroto que divagarei sobre a vida e o universo, baseado em fatos reais ocorridos com este marujo Naranja que vos fala. Ou escreve... Digita.


Creio que a uma semana atrás, se meu relógio intestinal estiver correto, fui convidado a almoçar na casa de um amigo meu. O chamarei de Simba.

Saí do trabalho e o encontrei em Downtown. Cheguei em sua humilde residência, pronto para devorar um suculento pedaço de carneiro, mas a comida não estava pronta e teríamos que esperar alguns minutos.

Fomos para seu quarto, curtir um som da pesada de uma galera do barulho que apronta altas confusões, e ficamos discutindo sobre o motivo dos super-heróis usarem capas.
Discussão que se iniciou pelo fato de ter percebido que Simba possui uma vasta coleção de miniaturas de heróis.

Nisso, sua irmã adolescente rebelde na tpm amável e adorável surge e fica parada na porta analisando nosso debate. Após alguns segundos, meu sentido aranha se aguça e percebo sua presença e ela percebe que percebi e prontamente se põe a nos ridicularizar e a xingar seu irmão por ser uma pessoa tão infantil a ponto de ter uma miniatura do America ao lado do Venom. Ah, cara como eu queria aquele Batman...

Enfim, a garota revoltada sai do quarto chutando tudo o que vê pela frente e surge na porta o pai de meu amigo, que chamarei de Mufasa, e pergunta o que fizemos para que sua vadia lazarenta do inferno filhinha querida ficasse tão revoltada. Não tivemos tempo de explicar pois Scar chamava-nos para almoçar.

Sentamo-nos à mesa e me pus a comer. Mas algo estava estranho ali. Scar e a retardada bela irmã me encaravam. Fiquei tentando imaginar o que poderia estar fazendo de errado. Não estava babando, não havia maionese em minha testa e definitivamente não estava pelado. Simba percebeu a atitude de Scar e tentou tirar sua atenção de minha pessoa, o que foi em vão.

Então, olho para Scar que me encara profundamente e analisa minha alma. A mulher então diz:

"Você está segurando os talheres da maneira errada..."

Eu tento manter a feição mais normal possível mas não consigo evitar um olhar WTF?! para Simba.

"Seus talheres. O garfo é na mão direita."

"Ah... É que eu sou canhoto."

"Mas está errado."

Olho para Simba com aquele olhar de "faz ela calar a boca antes que eu arranque seus olhos".
Simba diz para Scar parar de implicar comigo e que aquilo é frescura dela.

Scar responde:

"Não é frescura. É costume, tradição. TODOS fazem desta maneira e quem não faz está errado."

Então, recolhe seu prato e vai em direção a cozinha. Fica encarando suas costas, tentando ao máximo não explodí-la com minha visão de calor.
Sinceramente, após este dia creio que não vou mais almoçar na casa de Simba, a não ser para ver sua irmã gostosa pra caralho ô diliça educada e meiga e para conversar sobre rock e coisas de macho com o grande Mufasa.


Ok, aqui quero discutir sobre esses malditos costumes. E não falo de fantasias e sim das tradições.

Quem disse que existe uma maneira correta de segurar os talheres e que eu não posso comer um bife com uma colher? Quem criou a lei que nos obriga a sentar à mesa EXATAMENTE ao meio dia pois se passar disso A IRA DO MAAAAL CAIRÁ SOBRE NOSSO TETO?

Tradições de sociedade, como almoçar ao meio dia e fazer festinha porque aquela jovem anciã de 95 anos agora tem 96 e está cada vez mais próxima de ser cremada e deixar uma herança bilionária para seus netinhos ranhentos, só não são piores do que tradições de família.

Algumas são boas, como aos domingos ir para a casa da vovô comer churrasco e pudim de leite, e outras são extremamente toscas. Creio que grande maioria das famílias tenha uma coisa que é a herança daquela tátara-tátara-tátaravó que só é mencionada quando se fala sobre como ela lutou bravamente ao lado de Napoleão em Waterloo. Seja um anel, um colar ou uma coleção de balas-de-prata para matar lobisomens e outros seres da noite, como o Zé do Caixão.

A uns dois anos me surgiram com um anel que tinha sido forjado a muitos anos por meu tátaravô, tempos antes de sua família fugir da Iugoslávia devido a alguma guerra que rolava por lá. Certo, a idéia de ter um anel se tornou extremamente tentadora após ler Lord of The Rings, mas eu não uso anéis. Comprei um a muito tempo e está atirado dentro da minha carteira ao lado do botton do Batman.

Eles tentaram me empurrar o anel pois era uma relíquia de família, mas recusei prontamente. OBVIAMENTE que não recusaria se fosse o Um. E aqui deixo uma preciosa dica para quem quer me agradar com presentes inúteis, diga que é mágico.

Se eles tivessem dito "Ei, filho queremos que fique com este anel... DO PODEEEEEEEEER!!!!! MWAHAHAHAHA!!!!", prontamente eu o receberia e sairia por aí causando o caos urbano, mas nããão...

E para quem não acredita, quando tinha 5 anos eu sofria de uma terrível fobia do Balão Mágico. Eu adorava as músicas deles... Ok eu era um pivetinho, certo? Com 10 anos eu virei fã de Sandy & Junior e gastei minha mesada com um CD...

...
...
...

Acho que me afundei mais ainda...

Enfim, eu gostava das músicas mas toda a vez que eu olhava a capa do vinil eu me apavorava e corria para o banheiro, que em minha mente de criança era o lugar mais seguro apesar de ter somente uma entrada o que me impossibilitava de planejar uma rota de fuga, e ficava me escondendo e chorando o dia inteiro.

Até que um dia minha vovó chegou, me puxou para um cantinho, pegou a capa do vinil e perguntou-me porque eu tinha medo daquilo. Eu disse que era porque aquela garota na verdade era um homem disfarçado... É, criatividade a mil.

Mas então ela me disse: "Ora, não há porque temer. Vou te contar um segredo. Tá vendo esse balão? Ele não é só um balão. Ele é... MÁGICO!!!!!!! Por isso a banda tem esse nome."

Desde aquele dia virei fã assíduo do balão mágico... Até conhecer as Spice Girls... Oi! Vocês estão aí!


Enfim, mandem um foda-se para essas tradições ridículas que sua família tenta lhe obrigar a seguir. Mas respeitem seus pais ou Val Halen vai estourar sua cabeça com seu solo de guitarra astral!


Já que mencionei Val Halen, e coloquei uma imagem dele, quero falar sobre o que a maioria chama de heróis.

Ontem, assistindo algum programa televisivo, vi pessoas chorando, berrando e por pouco não se matando por irem assistir o show do meu grande companheiro Paulinho "Da Viola" Mccartney, e começaram a chamá-lo de herói.

Sério? O Batman protege Gotham, o Superman é quase tão forte quanto o Franco e o Aquaman... O Aquaman fala com polvos! Ok, eles são heróis fictícios mas dá pra ter uma noção da dimensão do que eles fazem para serem considerados heróis. E o que Paulinho faz ou fez? Sem querer desmerecer o trabalho dele, de forma alguma.
Tenho total noção da importância dos Beatles para o rock mundial e global, mas a única coisa que Paulinho faz é música. Se é assim até o Zé Ramalho é um herói!

Vejo gente chamando Presidente de herói, terrorista, músicos, apresentadores até mesmo o cara que vende sacolé! Mas não vejo ninguém falando nada sobre os policiais, por mais que alguns sejam corruptos, bombeiros, médicos, toupeiras e para-quedistas radicais do Himalaia.

Não quero mudar a visão de ninguém com essa segunda parte do post, mas o maior herói que conheço é meu avô que, creio que como a maioria dos avôs, é fodão bagarai a ponto de forjar uma espada para meu irmão e um arco para mim. Ou seja, há heróis convivendo com vocês a vida inteira e vocês só prestam atenção naqueles em que nunca poderão se aproximar e bater um papo-cabeça ou degustar um delicioso pudim. Aí quando seu ciclo de vida acaba e ela vai para o lado de Odin é que percebemos o quão importante era essa pessoa. Tarde demais, parceiro.


É isso... Como disse a minha amiga Tina um dia desses: We don't need another hero!




NEWS! Pretendo iniciar uma nova seção hoje e começarei com um dos super-heróis mais maneiros existentes. Até lá, fiquem no aguardo e dêem um follow ali do lado ->


Cya! õ/


2 comentários:

  1. de fato, essas tradiçoes sao um pé no saco...inutilidades que só limitam tuas açoes
    e, depois de comparecer a esse evento fantastico (é fantaaaastico), devo dizer que admiro bastante o nosso amigo paulo, mas concordo incrivelmente fortemente com a afirmaçao de que devemos gostar de pessoas proximas, e nao ficar buscando alguem "inalcançavel". claro que nao significa que nao se pode idolatrar alguem, mas essas fanatices sao ridiculas

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  2. Quem pode idolatrar alguém são os indianos que crêem que suas vacas são deuses na terra. Os outros supostos "ídolos" são um grande bando de fanfarrões, menos os ídolos de cristal que o Harrison Ford encontra.

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