sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Nostalgiando: Street Fighter II





É um saco ter que esperar uma semana quando já se tem todo o conteúdo pronto... Então decidi que não terei um dia fixo para postar algum review da Nostalgiando. Tentarei manter a sequência de pelo menos um por semana, mas pode sair na terça, quarta, domingo ou atrasar um pouco.


Enfim, finalmente algo para salvar a minha mente após aquele desastre ecológico que foi o primeiro game da série.

Street Fighter 2 é um dos mais consagrados e o que possui mais versões já lançadas e por lançar. Mas será que ele merece todo esse hype? Me acompanhem!






Com o grande sucesso da primeira versão e com o dinheiro chovendo dentro da empresa, o mesmo vice-presidente propôs uma continuação. Era o início de Street Fighter II, o game que viria a se tornar um sucesso pelo mundo inteiro. O jogo ficou somente no papel desde outubro de 1988 até janeiro de 89 e como estava sendo produzido simultaneamente com Final Fight a empresa teve de fazer uma escolha. Infelizmente, a Capcom ainda seguia a política de "sucesso garantido" e deixou SF2 de lado.
Porém, a retomada do projeto foi estrondosa. Não queriam que fosse somente uma sequência, as inovações precisavam ser muito mais agressivas.
O primeiro passo foi criar os desenhos e a personalidade de cada personagem. Um grupo de artistas ficou encarregado de criar 12 personagens, cada um com uma gama de movimentos bem maior do que os da primeira versão. O Brasil ficou com CARLOS BLANKA!!!

...

Por pura sorte.

A moral é que no Japão, como na maior parte do mundo, nosso país possui uma imagem altamente exótica, passada através de assuntos como a floresta Amazônica e outras coisas que remetem ao mato.... Ou então, a futebol e bunda... Que beleza.



No Japão, Bison se chamava Vega... E aparentemente podia voar!








Blanka se tornou então uma espécie de fera, pois o que mais existe na Amazônia são humanóides verdes que projetam descargas elétricas, um lutador com características de animais, porém com sentimentos de um humano.
Todos os outros personagens tiveram uma série de pesquisas de aceitação no mercado. As magias presentes no game deveriam ser algo apocalíptico, que lhe deixasse boquiaberto, pois todos sabemos que japoneses adoram destruir coisas. Foi assim que começaram os grandes especiais.

Infelizmente, para quem jogava arcade, em 1988 o projeto foi novamente interrompido, voltando à ser trabalhado somente no final do ano seguinte. Foi então que a Capcom decidiu montar uma enorme equipe formada somente pela elite. Colocando o projeto como prioridade máxima, foram 16 árduos meses de trabalho e várias noites perdidas para programadores, designers e todo esse pessoal que costuma trabalhar como escravo.




Guile... FOR AMERICA!!!




Enfim, o jogo ficou pronto no prazo estipulado pela empresa. Em abril de 1991 surgia nos flippers de todo o Japão o fenômeno Street Fighter II. Um sucesso estrondoso.
Com toda a mídia criada para a divulgação do game, ao invés dos 7 meses necessários para a primeira versão chegar ao topo da lista dos preferidos, em apenas 4 dias o jogo já possuía o primeiro lugar no ranking nipônico, algo que nunca fora visto no mercado. Começava a ascensão da Capcom a níveis astronômicos.


Agora você não escolhia entre apenas dois personagens. Estavam à sua disposição 8 lutadores, quatro vezes mais. Os cenários de background foram feitos com muito mais detalhes, os movimentos foram "amaciados" e os especiais e o som estavam do jeito que os japoneses queriam, cheios de efeitos.
Outra coisa que influenciou muito no sucesso foi a jogabilidade, até hoje não superada, quesito no qual este game deixa todo o resto no chinelo. O modo versus fazia com que multidões lotassem os flippers, chegando ao ponto de terem duas áreas diferentes: uma para quem queria jogar versus e outra para quem queria uma partida normal. Era o caos.

O mundo inteiro passou a importar arcades vindos do Japão e apreciar a arte que estava nas técnicas dos lutadores, o planeta curvou-se diante os sons dos Hadoukens e Shoryukens...





Meteoro de Pég... Oh! Wait!







Com o grande sucesso nos fliperamas, a Capcom pensava em aumentar os lucros, e em julho de 1991 começou outra enorme campanha de publicidade.
Era para o futuro lançamento de Street Fighter II, no ano seguinte, para o videogame mais adorado e prestigiado por todo o mundo, o Super Nintendo.

Junto com o game vieram bottons, camisetas, action figures, cards, lancheiras, cuecas e qualquer outra porcaria que você possa imaginar. Até massinha de modelar tinha!

Mas então algum Japa de saco cheio de tanto comer arroz pensa: "Precisamos de mais dinheiro!"
E em dezembro de 1991 começa o projeto Champion Edition para os arcades. Agora cada player poderia escolher um lutador idêntico ao do adversário, permitindo a igualdade e o equilíbrio nos combates, o que na verdade se resumia basicamente a dois Ryus lançando Hadoukens durante 90 segundos... Bons tempos em que fichas custavam 15 centavos...
Também foram feitas algumas melhorias nos antigos personagens e agora você tinha a opção de jogar com os chefes do jogo, que até o momento eram controlados pelo computador. Os cenários não receberam muitas mudanças, ganhando apenas uma tonalidade de fim de tarde.
A Champion Edition foi lançada em abril de 1992, alavancando ainda mais o sucesso que a versão anterior conseguira.

Então, a vida seguia tranquilamente. Os japas acordavam, iam para o trabalho, esperavam o Godzilla acabar com algum monstro, almoçavam, assistiam um episódio de Jaspion e quando saíam do trabalho gastavam boa parte de seu salário nos arcades. Mas um grave erro marcou essa versão. Não havia previsão alguma de lançamento para consoles domésticos, o que causou pânico por toda a terra do Sol Nascente.
Mas somente porque não faziam idéia do novo projeto ultra-secreto da Capcom, Street Fighter 2 Turbo, com muito mais inovações, golpes e velocidade. Porém, como ninguém queria esperar pela novidade, várias empresas feladaputamente desgraçentas danadinhas deram um jeito de criar versões falsificadas de SF2T, a maioria com vários erros e extremamente malfeitas.





Yoga Fi... Hein? Zangief?!





Como, por exemplo, a versão Rainbow Edition ou Street Fighter de rodoviária, onde as músicas das fases eram aleatórias e qualquer golpe que você acertasse deixava o oponente em chamas...




Zangief aplicando um Chera-saco






Com as versões de bosta danadinhas agradando os japas mais exigentes, surgiu uma enorme onda que levaria a criarem mais 9 versões do game para Snes e 5 para o Nintendo, e uma delas contava com a presença do Mario!

Foi então que a Capcom revelou seu super-trunfo. Tinha em suas mãos o projeto Turbo, que se tratava de uma versão bem melhorada de Champion Edition, aumentando ainda mais a velocidade dos combates. E ainda lançou a versão CE para o Turbografx. Todo o mundo ficou de queixo caído. Afinal, eram 20 MEGAS DE MEMÓRIA! E um mês depois lançaram o game contendo a Champion Edition e a versão Turbo para Snes e também para Mega Drive, com seu BLAST PROCESSING que até hoje ninguém sabe do que se trata, em um único cartucho, com 20 e 24 megas, um novo recorde.


Mas os japas são insaciáveis e logo queriam mais. Então a Capcom decidiu adicionar mais personagens à trama. Desta idéia surgiu Super Street Fighter II, contendo quatro novos personagens com características próprias. São eles:




T. Hawk, o típico estereótipo de índio bombadão que vive na cidade grande e que, pelamordedeus, era muito chato, pois pulava mais que o Vega e atravessava o cenário inteiro voando;








Dee Jay, que a primeira vez que vi realmente pensei que era o Maguila e também o único até hoje a me obrigar a fazer spam de Hadouken e que conseguiu me dar uma surra... A glória acaba um dia...






Fei Long, que considero um inútil, mas... Hey! É o Bruce Lee! Maldita Capcom ficou sem criatividade, né?



E por fim e não menos importante, a gostosíssima saudável...






... Cammy... Ah, Cammy....


Hum... É!



SSF2 também trouxe inovações para os personagens já existentes, como novos golpes, animações e afins. Já os cenários sofreram uma mudança drástica, ficando muito mais bonitos e modernos. Ken, por exemplo, perdeu seu barquinho e ganhou um belo iate. Assim, a série deixava as concorrentes comendo poeira novamente.

Em 1994, Super Street Fighter 2 Turbo chegou aos arcades e também ao 3DO, primeiro console a receber esta versão, e esperava-se uma versão para o Snes e Mega Drive. A versão Turbo de SSF2 era um baita upgrade da versão anterior, com melhorias no equilíbrio entre personagens, mais golpes e algumas surpresas como o misterioso lutador Akuma, um personagem secreto que veio para desbancar Bison do posto de mais enigmático.

As novidades não acabavam por aí, o jogo nos apresentou pela primeira vez os Super Combos, que só eram possíveis quando uma barra extra (SUPER) na parte inferior se enchesse, via levando ou dando porrada no adversário, e que quando cheia daria a possibilidade de se executar golpes devastadores, mas com diferentes animações e efeitos, como uma grande explosão ao fundo que faria Rambo derramar uma lágrima de orgulho.





Shun-Goku Satsu de Akuma dava Instant K.O.




Sendo uma das versões mais adoradas até hoje, Super Street Fighter 2 Turbo teve razões suficientes para fechar a série com chave de ouro, talvez esta tenha sido a vontade da Capcom inicialmente, mas e Street Fighter III? O público insaciável queria ver mais sangue e porradaria. Então era a vez da Capcom por em prática suas novas cartas na manga.



Meu veredicto: Um dos melhores games de luta existentes, tanto dos antigos quanto da atualidade. Se não jogou ainda, jogue antes que eu sequestre sua mãe e a faça assistir Faustão!





Não joguei SF3 ainda, então não se preocupem que o próximo review não terá um nível tão alto de testosterona.
Se gostaram, comentem e dêem um follow ali do lado para que eu possa comprar uma caixinha de leite para meus filhos.



Cya! õ/








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