quarta-feira, 10 de novembro de 2010

MC's Quest




5:25 da manhã. Toca o despertador e penso "caralho, já!". Minha vontade era de deixar pra ir depois, mas havia me comprometido com meus comparsas. Era hora da treta. Me arrumei até que recebi uma ligação de minha amiga Thays. Ela explicou que sua mãe não havia permitido uma viagem tranquila as 6 da manhã até a estação, e disse que iríamos de táxi. Chamei um táxi e me dirigi até a casa dela. Chegando lá, me reúno com Brendha, Thays e sua mãe, que me pede que zele pela sua filha que ficaria em minha companhia. É sempre uma alegria quando é oferecido a um tanker uma missão de proteção, e assim aconteceu.

O táxi chegou e embarcamos até a estação, enquanto ouvíamos uma mulher chata repetir algo que já não lembro, e o taxista a reclamar das mensagens que, segundo ele, se sucederam a madrugada inteira. Tomamos o trem em direção a Porto Alegre. Eu me encontrava em estado terminal, dormindo em pé e tentando entender o que Thays dizia, mas não era missão fácil dada minha situação. Em certo momento reparei em um homem de cabelos inexistentes e óculos de sol, similar ao vocalista do Hibria. Por algum motivo me chamava a atenção o "olhar" dele, acho que porque eu não via seus olhos e tinha a impressão de estar sendo observado. Nas últimas estações, o senhor de careca brilhante se dirige a mim e pergunta se meu destino é o show. Confirmo, e ele me conta que estava prestes a ficar de segurança no camarim, onde gastaram R$140000,00 e outras informações perdidas em minha vasta memória. Conversamos sobre a magnitude de tal evento e nos separamos ao chegar na estação Mercado.



Chegando lá, resolvemos segui-lo, imaginando que haveria um carro da RBS prestes a buscá-lo e nos dar carona. Acabamos por chegar na parada e pegarmos o ônibus juntos. Mais uma viagem de sono intenso e rapidos cochilos, tomando alguns sustos quando era chamado.

Descemos próximos ao Beira-Rio (vulgo Chiqueirão) e rapidamente avistei meu companheiro Felipe. Escoltamos Thays até sua fila, e fomos para nossa. Lá encontrei Pedo e alguns amigos que os dois fizeram na madrugada. Eles arrumaram seus pertences e se retiraram para suas casas, em busca de conforto pré-enem.

Confessar-lhes-ei que fiquei um tanto quanto desanimado por não ter o que falar a minha companheira de espera, o que é justificado com as últimas aventuras que vivi em sua companhia (ver As Aventuras de D. Niro). Terminei de ler meu livro, dormi sentado, até que chegaram Léo, sua mãe e Inês (mãe do Guilherme). Deixei-os conversando e segui meu sono. A equipe agora era composta por mim, Brendha, os três que acabaram de chegar e Marlene, uma senhora que havia feito amizade com meus amigos da madrugada e agora falava conosco.

O sol foi chegando e o calor foi destruidor. Depois de muito sofrimento, Marlene, que morava perto do recinto, buscou alguns guarda-chuvas que foram usados como guarda-sóis, enquanto eu usava a blusa da Brendha pra proteger meu rosto. Caminhei um pouco por aí, encontrei minha colega Bruna, dormi, e assim foi passando o dia.

Pela tarde apareceu minha ex-colega de pênis comprido, Dani L. Ela se juntou ao grupo e ficou conversando com Brendha, enquanto Marlene conversava com as mães (nada de MILF) e eu dormia mais. Acredito que a única coisa divertida que fiz na fila foi jogar forca com as duas garotas, mas havia um abismo entre nossas habilidades, o que deixou o placar bastante distante.

A noite foi chegando, e com ela vieram Felipe, Guilherme e Pedo. Uma ambulância tentou atropelar parte da fila e nos esmagar, o que dificultou a invasão dos três a equipe, mas tudo correu bem. 5:30 os portões abriram e corremos em busca de um ótimo lugar, e o conseguimos. Apenas duas pessoas me distanciavam da grade, e minha visão era suficientemente agradável. Léo, ao chegar em tão estupendo local, passou mal e se retirou. Torramos no sol enquanto esperávamos que o tão aguardado show começasse, e até fizemos amizade com um jovem (de nome Franco!!) e sua namorada.

Bom, o show foi algo sem palavras. Não idolatro ninguém, mas tive a certeza que estava diante de um dos maiores músicos vivos ao ver Sir MC Cartney. Pular e cantar suas músicas a plenos pulmões em meio àquela multidão enorme foi uma experiência única. Live and Let Die teve efeitos (que ao visto só eu não soube previamente, felizmente) que me impressionaram ao extremo.

Enfim, não há como explicar, foi algo simplesmente fantástico! Compensou todo o sono e o calor enfrentado durante o dia, e minha economia de mais de ano investida.

Bom, esse post não tem humor, não tem filosofia e não é bem uma história interessante, mas eu quis deixar na memória esse dia tão espetacular, e aproveitei este momento para usar adjetivos que não uso.

Quero agradecer/dedicar esse post ao pessoal gente boa que esteve lá e curtiu o inferno do dia ou a incrívell da noite comigo: Brendha, Bruna, Felipe, Franco, Franco's Girlfriend, Cara Sem Camisa Que Conversou Comigo Um Pouco, Velho Irritado da Fila, Velho Que Procurava Seu Filhinho de 17 Anos, Guilherme, Dani L, Thays, Marlene, Iuri Sanson e ao meu velho amigo Paul McCartney.

2 comentários:

  1. Criança que acorda tarde e ganha Toddy na cama dá nisso, não aguenta ir dormir às 6 AM e acordar às 5... E devia ter seguido meu conselho e ter levado um Old Spice 16 Hours B.O. Blocker que apagaria o Sol tranquilamente... Ou criaria outro Sol e aí tu teria DOUBLE SUNPOWEEEEEEER!!!!

    E sinceramente, eu sinto muita pena de ti por uma certa companhia que eu realmente espero que tu entenda quem é e não me faça especificar aquela cara de lêmure de Dinotopia .-.


    Ps: faltou dedicar ao vocal do Hibria /puts

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  2. pois é, faltou o vocal do Hibria e o baixista dos Beatles também .-.

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