terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Coincidências ou a vontade dos deuses?





Não vou tentar enganá-los. Olhe para qualquer lugar e poderá ver uma "coincidência". Com um universo enorme como o nosso, às vezes as estrelas realmente irão se alinhar naquele exato momento.

Mas, até céticos como eu são obrigados a admitir que algumas dessas coincidências chegam a ser estranhamente assustadoras e chegamos a parar e pensar se realmente foi isso ou é Loki que está brincando com nossas vidas.


O Vento Divino Japonês




Admitamos, todos adoram uma caso de "intervenção divina" que pode ser explicado facilmente pela meteorologia básica.

Por exemplo, a Rússia foi invadida por Hitler e Napoleão, e ambos foram parados respectivamente por uma tempestade de neve e uma tempestade de neve. Wow, que surpresa. Eles não foram capazes de terminar suas invasões durante as 72 horas em que não está nevando na Rússia.

Mas então, há aquelas que te fazem pensar. Por exemplo, os Britânicos queimaram Washington, em 1814, e do nada surgiu o primeiro tornado já visto na história da cidade. Ele destruiu completamente os Britânicos e convenientemente apagou todas as chamas nos prédios federais.




Mas, isso não chega nem perto do fenômeno meteorológico mais estranho que já ocorreu: um efeito climático que ficou conhecido como Kamikaze - Deus dos Ventos -, muito antes disto se tornar sinônimo para pilotos suicidas.


A primeira invasão Mongol ao Japão ocorreu em Novembro de 1274 e consistia de 23.000 homens e entre 700 e 800 navios. Eles navegaram por duas semanas, chegaram muito antes do planejado e até mesmo estabeleceram uma base de operações na Baía Hakata. Quando a Batalha de Bun'ei começou, em 19 de Novembro, o Japão estava tão fraco que parecia que eles deveriam começar a analisar outras ilhas para se mudarem.



Isso foi antes de Tommy Lee Jones aparecer para endireitá-los




E tudo ocorria serenamente à favor dos Mongóis... Até um furação surgir e destruir sua frota como um tiro da shotgun do próprio Poseidon. Os Mongóis sofreram perdas horrendas e bateram em retirada após um dia de luta, o que é algo bem grave quando você se lembra de que esses são os mesmos cara que consquistaram tudo da Coréia à Áustria.

Mas, sem problemas. Eles não eram do tipo que desiste. Eles simplesmente voltaram com uma segunda, e maior invasão em 1281. Essa força consistia de 140.000 soldados e 4.000 navios e uma invasão dupla pela China e Coréia. Era uma força seis ou sete vezes maior do que a anterior. Era o melhor que a Dinastia Yuan poderia oferecer, e pode acreditar que o líder Mongol, Kublai Khan, esperava conquistar o Japão desta vez.




Pelo meio de Agosto, a enorme frota Mongol encontrou os Japoneses na mesma Baía Hakata onde eles haviam guerreado, sete anos antes. E, mais uma vez, e frota foi totalmente destruída... por um furacão.






Se agora você está imaginando o Japão como um enorme imã de furacões, onde você deve ter sete abrigos por casa, pare. Tempestades são extremamente raras na Baía Hakata, e uma das invasões nem ao mesmo ocorreu na temporada de furacões (eles costumam ocorrer no verão, e o primeiro ataque foi durante o inverno).

Então, quais eram as chances, exatamente, dos Mongóis serem destruídos na Baía Hakata? De acordo com fontes Japonesas, um furacão como o que atingiu os Mongóis ocorre a cada cem ou centenas de anos.

Ou, como foi com os Mongóis, cada maldita vez que eles invadiram o Japão.





Duas tempestades, em sete anos, ambas exatamente onde os Mongóis atacavam, e no local onde a frota deles estava.


Os Mongóis nunca tentaram invadir o Japão novamente...



Uma predição terrivelmente correta por Edgar Allan Poe






Em 1832, o deus do terror futurista, Edgar Allan Poe lançou um livro entitulado A Narrativa de Arthur Gordon Pym de Nantucket, sua única novela completada. O livro chocou tanto os críticos que o próprio Poe concordou que ele realmente era um livro medonho (e ainda assim, bom o bastante para inspirar Julio Verne e Herman Melville à escreverem Moby Dick e Um Mistério Antártico... Sim, Poe era fodão).


Poe fez uma coisa ao estilo Bruxa de Blair com seu livro, que dizia ser baseado em eventos reais. Isso acabou se provando verdade, só que os eventos reais ainda não haviam ocorrido.

Em uma parte, Arthur Gordon Pym de Nantucket está em um navio pesqueiro abandonado no mar, com apenas quatro tripulantes. Sem comida, os homens decidem no palito quem será comido, a infeliz decisão caindo sobre um pequeno jovem chamado Richard Parker.



Antes de se tornar pai do Spider-Man e
ser traído pelo Caveira Escarlate!





Sessenta e quatro anos depois, ocorreu um disastre no mar envolvendo o Mignonette. Ele se tornou famoso devido às consequências legais dos horríveis eventos que ocorreram à bordo, especificamente a maneira em que os tripulantes decidiram no palito e decidiram comer um jovem...


... Que se chamava Richard Parker.



Richard Parker, 17 anos.




A história bizarra foi descoberta décadas depois por Nigel Parker, um primo distante do Parker que foi comido. Só dá pra imaginar que merda passou pela cabeça dele quando descobriu a conexão.


Porra, isso fui eu!



E isso se tornaria a predição não-intencional mais sinistra em uma história fictícia, caso não fosse completamente derrotada por...



Morgan Robertson escreve sobre o Titanic... 14 anos antes





Cem anos antes de James Cameron tornar uma tosqueira em forma de arte ganhadora de Oscars, o autor Norte-americano, Morgan Robertson escreveu um livro escroto entitulado Futilidade, ou os Destroços do Titan, sobre o naufrágio de um navio "inaufragável". Quando você vê a capa, logo percebe que é uma versão fictícia da história do Titanic.




Nenhuma surpresa aqui; é uma estória que foi contada e recontada várias vezes (houveram 13 filmes sobre o Titanic antes de Cameron, incluindo um dos Nazistas) mas o livro de Robertson veio primeiro.

Na verdade, ele estava tão desesperado para ser o primeiro que, aparentemente, não se preocupou em esperar o Titanic afundar antes de escrever. O livro foi publicado em 1898, 14 anos antes do RMS Titanic estar perto de ser, porcamente, terminado.

As semelhanças entre o trabalho de Robertson e o disastre do Titanic são tão incríveis, que dá pra imaginar se a White Star Line construiu o Titanic da maneira que Robertson escreveu, como um desafio. O Titan foi descrito como "o maior navio a flutuar e o maior trabalho dos homens", "igual à um hotel de primeira classe" e, claro, "inaufragável".

Ambos navios eram Britânicos, ambos tinham em torno de 250 metros de comprimento e ambos afundaram após atingir um iceberg no Atlântico Norte, em Abril, "em torno da meia-noite". Parece o bastante pra te deixar acordado à noite? Talvez por essa razão Robertson tenha republicado o livro em 1912, em caso de alguém não saber que foi ele quem escreveu.




Ainda que a novela possua algumas coincidências curiosas com o desastre do Transatlântico, há algumas coisas que Robertson errou feio. Uma delas, o Titanic não bateu em um iceberg a "650Km de Newfoundland" à 25 nós. Ele bateu em um iceberg a 650Km de Newfoundland à 22.5 nós...

Pera! Má que merda?! Isso foi um chute de sorte!


Mas, talvez a coisa mais estranha sobre o Titan eram as coisas que não tinham nada a ver com a história, mas que foram comprovadas após várias pesquisas e expedições aos destroços.

Por exemplo, ambos os navios possuíam muito poucos botes salva-vidas para acomodar todos os passageiros à bordo; o Titan carregando "o máximo que a lei permitia". Enquanto Robertson decidiu ser generoso e por quatro botes a mais do que os que haviam no Titanic, é um ponto estranho de se levantar quando se considera que botes salva-vidas não tem nada a ver com a porra da história. Quando o Titan atingiu o iceberg, o navio afundou imediatamente, fazendo com os botes não servissem para nada. Pra quê mencionar o número exato deles?!

Seria como se Hal 9000 falasse sobre o perigo dos O-rings quando usados à baixas temperaturas décadas antes do desastre da Challenger.



A Guerra Civil caça Wilmer McLean






Quando a Guerra Civil Americana estourou em 1861, Wilmer McLean da Virginia era muito velho e tudo o mais para guerrear. Infelizmente, ele também vivia na estrada entre Washington e Richmond, respectivas capitais da União e da Confederação.

A primeira batalha de Guerra ocorreu bem no jardim de Wilmer. A Batalha de Bull Run começou em 21 de julho de 1861 próxima à Manassas, Virginia... Cidade natal de Wilmer. O General Confederado Beauregard precisava de uma construção para estabelecer um quartel-general para suas tropas, então quando viu a bela casa de McLean, disse "foda-se!" e acampou ali mesmo.

Imediatamente, o prédio se tornou alvo de artilharia, e uma bala de canhão desceu pela chaminé da casa. Era para o lugar inteiro ter explodido como a Death Star, mas de alguma maneira ninguém se feriu.




Mas, ei, uma quantidade insana de batalhas ocorreu ao longo daquela estrada. Muitas pessoas entre Washington e Richmond poderiam dizer que uma batalha ocorreu em seu quintal. E, após escapar do Ceifador nesse encontro em sua própria casa, McLean decidiu que o melhor a fazer era tirar a sua família daquela terra.

Porém, o maldito levou tanto tempo pra sair dali que em 1862, uma batalha duas vezes maior e quatro vezes mais sangrenta estourou bem na frente da porta dele, de novo... A Segunda Batalha de Bull Run. Após escapar disso tudo, Wilmer vendeu sua casa e levou sua família para o mais longe que pudesse pagar.

Wilmer se instalou em uma cabana em Clover Hill, a cidade que certo tempo depois mudou seu nome para Appomatox Court House... E eu reclamo de Canoas...

Em 1865, o Exército "invencível" da Virginia do Norte de Robert E. Lee estava ocupado demais sendo chutado pelo Exército da União do General Ulysses Grant, enquanto defendiam Richmond.
Então, após abandonarem sua capital, aquela porcaria que Lee chamava de exército foi seguida por Grant através de toda a Virginia até... A maldita Appomatox Court House!



Os exércitos da Guerra Civil, levando a batalha
a qualquer lugar onde Wilmer estivesse naquele dia.




Em 9 de abril de 1865, General Lee oficialmente se rendeu à Ulysses Grant, acabando com a Guerra de Secessão. O lugar onde ele se rendeu: a sala-de-estar da nova casa de Wilmer McLean.

Assim que os dois exércitos saíram (e levaram alguns objetos como souvenirs), o agora falido Wilmer disse: "A Guerra começou no meu quintal e terminou na minha sala", o que é provavelmente a forma mais cheia de classe com que o um homem pode lidar com o fato mais cagado da história do país.



A sorte extrema dos Aliados na Batalha de Midway





A Batalha de Midway é lembrada como a batalha naval mais espetacular da história e uma das grandes viradas no controle sobre o Pacífico, mas ela começou totalmente errada para os Norte-americanos.


Apesar de ir para a batalha com a maioria dos planos Japonenes no bolso, graças aos Codebreakers/Espiões Bothan, a Marinha dos EUA não tinha muito o que mostrar nas primeiras horas do dia 4 de Junho de 1942. É que todas as aeronaves que enfrentaram os Japoneses naqueles dia estavam destruídas, e tudo sem causar um dano sério. Resumidamente, a Batalha de Midway começou como a Batalha de Endor, só que com todos os fighters da Frota Rebelde se atirando nos escudos defletores da Death Star.





Havia um esquadrão de bombardeiros Americanos liderados pelo Tenente Comandante C. Wade que ficou perdido a caminho da batalha. Tão perdidos que eles perderam completamente o banho de sangue que destruiu todas as aeronaves de seus companheiros. Quase sem combustível e voando cegamente no meio do Pacífico, o Comandante Wade, possuindo big cojones, continuou procurando pela verdadeira Frota Imperial.

Seu esquadrão começou a cair um a um até que, em um ato de pura sorte que faria J.K. Rowling chorar de orgulho, Wade deu de cara com um Destroyer Japonês. Quando ele ergueu seus olhos para verificar o horizonte, o bastardo viu o Sol Nascente da Frota Imperial Japonesa olhando de volta, então ele percebeu " Puta merda! Justamente o navio inimigo que eu procurava!". Claro, julgando a partir do que havia ocorrido anteriormente, isso significava morte certa.



"Don't worry! I know a few maneuvers!"




Enquanto encontrar os navios foi muita sorte, algum tipo de sorte ridiculamente idiota fez com que o esquadrão de Wade chegasse bem no momento em que os três porta-aviões Japoneses estavam reabastecendo e recarregando suas aeronaves.

Em poucos minutos, os porta-aviões Kaga, Akagi e Soryu ( junto com todas as suas aeronaves) foram destruídos em um ataque que custou à Marinha Imperial seus melhores melhores pilotos e marujos. O quarto porta-avião, Hiryu, foi afundado em um contra-ataque no dia seguinte, o que efetivamente acabou com toda a Força de Ataque que destruiu Pearl Harbor.

Essa vitória na loteria duas vezes no mesmo dia causou a primeira derrota da Marinha Japonesa em 300 anos, e uma vitória de virada para os Aliados, da qual o Império nunca se recuperou.


Seria como isso acontecendo quatro vezes, na mesma batalha.








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