O Velho Voador

Olá meus queridos, volto depois de minhas adoráveis férias no hawaii, realmente adoráveis, adoráveis mesmo, muita aguá de côco, muito sol, muitas tsunamis e ataques de tubarões, etc... *--*
Mas bem, voltando ao assunto principal deste post, estou aqui mais uma vez para lhes narrar uma linda história cheia de aventuras e emoções ardentes, venho através desde lhes contar a história do "Velho voador".
Certa vez, em uma de minhas viagens pelo mundo (mais precisamente em Baurú, com uma passada em Misto Quente), estava eu e minha prima num ônibus de viagem (indo para Baurú, com uma parada em Misto Quente) e durante o trajeto, havia um passageiro, um senhor de idade avançada, e talvez devido a esse fator, ele reclamara a viajem inteira que estava com frio (estava frio mesmo, mas vale relatar que ele usava apenas uma camisa de mangas curtas, pois mesmo sendo idoso, não era sábio como o Sábio Negro), e por isso ele dizia que quando o ônibus parasse (em Misto Quente), ele pediria para o motorista desligar o ar condicionado, pois ele julgava ser essa a causa de seus calafrios. Ele possuía também uma acompanhante, igualmente idosa, mas sábia (ela usava casaco) e que insistia que ele devia ter pego um agasalho (prova de sua sabedoria milenar).
Pois bem, a viajem prosseguia, mas o ônibus ainda não havia feito a parada tão aguardada pelo senhor não-sábio (em Misto Quente), e talvez tenha sido por isso, numa tentativa frustrada de espantar o frio, que ele pegou um pacote de bolachas para degustar durante a noite.
Devo informar-lhes caros leitores, de minha posição visual privilegiada (podem perceber a quantidade de detalhes que forneço na minha narração), o casal de senhores se encontrava na segunda fileira de poltronas, do lado esquerdo do ônibus, e eu e minha prima estávamos na terceira fileira do lado direito, o que me proporcionava uma visão panorâmica das cenas e dos fatos que narrarei a partir de agora:
Não sei bem que hora era, provavelmente entre 2 e 3 da manhã, eu estava perfeitamente acordado, minha prima dormia voltada para a janela, quando o velho puxa seu pacote de bolachas para matar a fome, e não sei porque diabos ele deixa o pacote cair, e se levanta para procurá-lo, mas ele não sabia o destino cruel que o aguardava a partir de momento que ele pensou em se levantar, pobre homem, diga-se de passagem. Ele se levantou, mas não se segurava em nada, ao perceber esse fato um tanto quanto peculiar, não pude deixar de pensar o desastre que seria se o ônibus freasse, não sei se naquele momento meu ki despertou alguma reação sobrenatural ou se foi apenas azar da pobre criatura, o que sei é que foi apenas o momento em que eu terminava de ponderar sobre tal fato, o ônibus freia de forma brusca, e o velho voa, mas Voa com "V" maiúsculo, como um bonequinho de pano, Deus não teve piedade ao castigá-lo de forma tão cruel, eu que observava atentamente todos esses acontecimentos, fui obrigado a juntar todo meu cosmo, meu ki, meu poder intelectual e dar uma de pai de santo e invocar o espírito de Asuma, para manter um semblante que não fosse indelicado nesse momento de tensão absoluta. De fato, ao relatar o ocorrido a minha prima, me caguei rindo, pois foi realmente uma cena espetacular, diria até magnífica, além de hilária. Vale lembrar também que depois do "vôo" o idoso não mais reclamou de nada, nem de frio, nem de dor (o que é realmente louvável, se observarmos que ele foi parar lá no motorista) e nem mesmo do pacote de bolachas que ele não achou no fim das contas.
Meus caros leitores, expresso aqui meus profundos pêsames ao Velho voador, pois não deve ter sido nada agradável tal experiência, e também gostaria de deixar claro que me sinto um privilegiado de poder ter presenciado em tempo real, ao vivo e a cores tal demonstração de burrice e aerodinâmica de alguém que provavelmente era sedentário. Muito obrigado, Velho voador!