segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Suikoden V





Ya, mon! Um final de semana inteiro sem internet, tempo que eu poderia ter utilizado para fazer o review de um dos episódio de JLA que venho prometendo a muitas eras, mas que decidi perder jogando Suikoden, que estava atirado em um canto a muito tempo.

Fazer o que? Prioridades, ese!

Enfim, vamos lá.



Qualquer um que já jogou mais de um game desta série tem pleno conhecimento de que nenhum tem completamente nada a ver com o outro, além do mundo em que se passa a história.

Apesar de que tenho algumas dúvidas quanto a isso... Quer dizer, como é possível existir um reino enorme com uma rainha com poder para destruir metade do mundo e ninguém sequer percebe sua existência? Ou então preferem ajudar uma árvore mutante ao invés de deter o Coup D'état que um dos vilões realiza com maestria?


Enfim, de início a história de Suikoden V - ou 5, se preferirem - parece meio idiota. Na verdade, ela é. Falarei mais disso logo a frente.






Você é o príncipe sem nome definido, no meu é Jack Rakan por motivos óbvios, do reino de Sol-Falena. Somos introduzidos com a revolta, a 2 anos atrás, dos cidadãos do vilarejo de Lordlake, o que acaba enraivecendo a rainha que usa o poder da Sun Rune para secar toda a água do lugar.

O jogo começa com você, Lyon, sua guarda-costas que o segue sempre e raramente diz algo útil, Georg, um dos Queen's Knights e Sialeeds, irmã da rainha que possui um belo decote, indo investigar a situação do local. Como era de se esperar, os cidadãos não o recebem muito bem e de alguma maneira inexplicável você acaba se envolvendo na busca por Toma, um garoto chato do capeta que até agora me faz desejar que existissem armas de fogo nesse jogo e assassinar aliados fosse permitido, que se perdeu na floresta enquanto buscava por água. E que mesmo depois de ser salvo de um exu desgraçento continua sendo um mala... Algumas pessoas não mudam.

Após todas as aventuras por Lordlake você volta para o Sun Palace, sua casa de burguês, para relatar a viagem para a rainha. Porém, parece que o poder da Sun Rune está corrompendo-a, deixando-a louca como se tivesse comido minhocas ácidas, situação que é agravada com o roubo da Dawn Rune, o que foi o motivo para a rainha destruir Lordlake, e com a guerra entre as famílias de nobres, Godwin e Balrow.


Pararei por aqui pois quero evitar spoilers. Resumidamente, a história começa com um representante de cada família querendo casar-se com a princesa para conseguir um lugar no palácio, após isso passa a se desenvolver ao redor da guerra entre os Godwin e os Balrow e continua com o príncipe formando um exército para acabar com os que traíram ele e sua família.


Os gráficos são bons, dependendo da parte em que se analisa. O world map é bem porco, devo dizer, mas as cutscenes são bem feitas. In-game, não tenho muitas reclamações.

O áudio não é muito presente. Claro, a dublagem faz um trabalho perfeito na maioria das vezes. Não é difícil você chegar ao ponto de querer pular alguma cutscene, o que não lhe é permitido fazer, pois a voz de tal personagem é extremamente irritante. Destaque para Toma, o moleque encapetado, e para a princesa Lymsleia, mas nesses casos acho que é porque a personalidade do char é irritante mesmo... Mas a voz não ajuda em nada também!
Até agora não consigo lembrar de nenhuma música, isso que fiquei 50 horas seguidas jogando, além de algumas batucadas sem sentido.




A jogabilidade é a mesma de qualquer outro rpg em turnos. Você anda e levanta o menu e durante a batalha pode atacar, usar as magias, trocar a formação ( o que dá alguns bônus em stats) ou então fugir se não for homem o bastante para enfrentar o coelho com uma cimitarra. E as batalhas são um grande problema deste jogo. Você passa a maior parte do início andando de um lugar para o outro, fazendo algumas missões para o reino e quando finalmente é mandado para alguma dungeon, os inimigos estão 15x mais fortes do que seu char mais apelão. Grind é algo bem presente aqui, o que me decepciona um pouco.
É bem ocasional que você entre em algum lugar em um nível alto, se achando o Rambo, e o primeiro Slime que aparece chuta a bunda de sua party com um único ataque que faria Orlandu se atirar ao chão em desespero.

Outra coisa que é ruim, até bem futuramente no jogo e a não ser que seja muito cagado ou use algum FAQ, é que você não possui um mapa. Se não souber diferenciar Southwest de Southeast, você irá se perder no meio do mato.

Há ainda algumas batalhas entre exércitos em que você comanda as suas tropas usando um sistema básico de estratégia: espada > arco > cavalaria > espada, mas prefiro não entrar em detalhes. Tenho um jogo de RPG Maker 2000 que usa o mesmo sistema e é muito mais eficiente...


Porém, o grande trunfo e problema de Suikoden é a enorme gama de personagens jogáveis a sua disposição. São 108 divididos entre as mais variadas classes, raças e cada um com sua personalidade distinta. Ao mesmo tempo em que é algo divertido ter uma base com uma grande quantidade de gente, é impossível de se manter todos eles interessantes. Muitos destes personagens são tão mal-aproveitados que me pergunto o porque de colocá-los ali. Alguns passam a sensação de simplesmente terem sido "metidos" no meio de tudo e por alguma razão desconhecida decidiram ajudá-lo em uma guerra particular.





Apesar de ser um ótimo título, Suikoden se prende muito a suas raízes. Presenciamos mudanças drásticas de Final Fantasy, Dragon Quest, Phantasy Star e Star Ocean quando tiveram suas versões lançadas no PS2, mas Suikoden V ainda se mantém fiel ao que eram seus antepassados no PSX. Algo bom para os aficcionados, algo muito ruim para alguém que espera algo mais parecido com os RPG's da mesma época.



Meu veredicto: Apesar de tudo, é um jogo bom. Não tem gráficos gritantes, uma trilha sonora medíocre e sua história é bem clichê, mas a quantidade de sidequests existentes e o alto número de personagens compensam um pouco tudo isso... Um pouco...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...