quarta-feira, 27 de julho de 2011

Altitude e Beat Hazard




Decidi parar tudo o que estava fazendo (salvando o mundo, tirando gato de árvore, bolo de chocolate, essas coisas) e indicar dois jogos que descobri durante a madrugada, enquanto vagava pelos becos da Internet.




O primeiro se chama Altitude.

Altitude é um shooter 2D de aviões, como os clássicos Gradius, Raiden e Gunstar Heroes. Ele é vendido pela Steam por 2 dólares, mas você pode baixar a versão DEMO que tem em média 90% do conteúdo da versão completa, tirando somente algumas modificações para seu avião.


Primeiro você cria uma conta, pode ser feito pelo menu de opções do jogo, e, se quiser, pode completar um tutorial e jogar contra os bots para adquirir experiência. Conforme você joga e sobe de nível, modificações vão se abrindo para seu avião, como blindagem e armas mais fortes e novas pinturas, e quando você atinge um nível em específico novos aviões ficam a sua disposição. Você começa com um simples aviãozinho medíocre, que por alguma razão ainda é meu favorito, e pode chegar a bombardeiros, planadores, caças e até naves espaciais.
Cada um tem algo de melhor do que o outro. Uns são mais rápidos mas têm menos proteção, enquanto outros são literalmente tanques voadores mas são muito lentos.





Os controles podem ser um pouco complicados no início, por isso recomendo que se complete o tutorial. Você pode utilizar o teclado: setas para esquerda e direita se movem na direção desejada, as teclas F e D são suas armas e a tecla S você usa para ativar os power-ups que pega pelo cenário, como mísseis mais fortes, bombas e escudos. Ou então, você pode utilizar o mouse para se mover e os botões dele servem como as armas. O problema é que o único método de acelerar ou desacelerar é através das setas para cima e para baixo, então qualquer um, como eu, que estiver acostumado a jogos de tiro, vai querer mirar com o mouse e se mover com as setas, o que vai lhe render muitas batidas em paredes e mortes ridículas. Mas, com o tempo dá pra se acostumar e o jogo segue de boa.

O sistema de voo é bem simples. Você segura a tecla para baixo para diminuir a velocidade ou segura a tecla para cima para aumentá-la. Quando o medidor de velocidade, indicado por uma barra laranja sobre o seu avião, ficar vazio, o motor desliga e você inicia uma queda livre. O único método de sair desta condição é apontar o nariz do avião para baixo, pegando impulso e podendo acelerar novamente. Pode parecer ruim, mas é bem útil quando alguém está lhe perseguindo e você quer mirar para trás sem ter que dar uma enorme volta ou quando quer mudar rapidamente de direção.
Já quando o medidor estiver cheio e você continuar acelerando, o avião entra na condição de Afterburn, uma espécie de turbo. Pode ser bem útil em alguns momentos, mas não é ilimitado.

A quantidade de tiros, especiais ou normais, e o tempo de Afterburn são medidos por uma barra azul, logo abaixo de uma barra verde que é a vida de seu avião. Não preciso dizer o que acontece quando a barra verde acaba...




Não prestei muita atenção pra ver se há alguma espécie de música, mas sei que o som dos motores, tiros e explosões são muito bons.

Os gráficos são um pouco caricatos. Os cenários ao fundo parecem ter recebido um pouco mais de atenção, mas os aviões, torres e bases são bem simples. Não que isso torne o jogo ruim, pelo contrário, o deixa com um aspecto mais cômico.

E finalmente, a parte principal, o modo online. Sim, você pode jogar offline contra os bots, mas a grande diversão está no multiplayer. Existem dezenas de salas de multiplayer para você escolher em qual jogar e o que torna a experiência muito melhor é que a maioria dos jogadores são pessoas que utilizam a versão DEMO, logo, é difícil haver alguém que tenha uma nave super overpower. E mesmo que haja alguém com uma Death Star da vida, o jogo é extremamente balanceado, então até você com seu monomotor pode destruí-la, o que torna tudo mais divertido e desafiante.

Existem três modos de jogo: Deathmatch, que é o famoso "cada um por si", há um modo em que cada time deve pegar uma espécie de bola e atirá-la no gol do adversário e há o modo mais divertido de todos, o TBD, Team Base Destruction, onde cada time deve pegar uma bomba que aparece em certos intervalos de tempo e atirá-la na base do adversário. Aquele que destruir a base do outro primeiro, vence. E entre esse intervalo de tempo em que não há bola ou bomba no cenário, o que resta são muitos tiros e explosões para todos os lados, enquanto ambos os times ficam tentando ganhar experiência e aumentar o seu ranking.




Meu veredicto: Já cheguei olhando torto para Altitude, mas após alguns minutos de tutorial, entrei no multiplayer e fiquei oito horas seguidas jogando sem sequer ficar enjoado. No início tudo pode parecer um pouco confuso, mas quanto mais se joga, mais viciado você fica. Em pouco tempo você surpreenderá a si mesmo, quando perceber que já está criando táticas para derrotar os adversários ou fazendo rivais e sempre procurando-os para um duelo através do campo de batalha. E, acreditem em mim, não há nada tão divertido quanto desviar de todo mundo e acertar uma bomba em cheio na base deles... Ou se lançar contra uma bomba para proteger a sua base.



Já o segundo jogo é algo totalmente diferente do que eu já havia visto.





Beat Hazard é igual ao clássico Asteroids ou ao moderno Geometry Wars. Você tem sua nave e tem que destruir os meteoros e naves inimigas que se aproximam, coletando os power-ups que eles deixam pelo cenário.

A diferença está na mecânica do jogo. A força e a velocidade de seus tiros, a resistência dos inimigos, o poder de fogo deles, tudo é medido pela batida da música. Quanto mais lenta, menos inimigos aparecem, porém você também fica mais fraco e lento. Quanto mais rápida, mais forte você fica, porém a tela se enche de inimigos vindo de todos os lados.

Porém, o ponto forte do jogo é que você pode colocar as suas próprias músicas e ele as reconhece e cria um cenário baseado na sonoridade dela. Número de instrumentos, velocidade das notas, tom de voz do vocal, tudo é computado para criar uma experiência extremamente interessante.




Você utiliza somente o mouse e as setas do teclado. As setas servem para se mover e o mouse para mirar, atirar e lançar bombas, que destróem tudo o que há na tela, com a excessão de algumas naves e dos chefes.

Os gráficos são ótimos, já que são totalmente baseados na batida da música. Quanto mais rápida a música estiver, mais luzes e cores variadas piscarão pela sua tela, fazendo de tudo um grande festival de psicodelia.




Não há muito a se dizer sobre o som, já que é você quem decide qual será a trilha sonora do jogo. Digamos que os sons de tiros e explosões são quase imperceptíveis quando você está sendo atacado por todos os lados.


Conforme você derrota os inimigos, alguns power-ups aparecem pelo cenário. O POW (power) aumenta a força de seus tiros, o VOL (volume) aumenta o volume da música que está sendo tocada e o +1 multiplica o seu contador de pontos. Há também mais dois métodos de multiplicar os pontos: ficando sem atirar por algum tempo, uma barra onde está escrito "Dare Devil" aparecerá. Se ela encher, o contador se multiplica em 5x. O outro método é o "Survivor", uma barra que aparece quando há muitos inimigos na tela e enche conforme você se mantém vivo.


O jogo pode ser jogado offline e online, mas para isso você deve comprá-lo pela Steam. Lógico que, como qualquer outra coisa na Internet, é possível encontrá-lo em sites de torrent (cof cof thepiratebay cof cof). Se você não comprá-lo, além de não poder jogar online, a cada vez que sair do jogo, seu ranking e achievements coletados serão reiniciados, o que tira um pouco da graça do jogo. Mas, há sempre uma solução para este tipo de problema... (cof cof thepiratebay cof cof)




Meu veredicto: Beat Hazard surgiu com uma proposta interessante e cumpriu tudo o que havia sido prometido. O sistema de adição de músicas faz com que cada vez que você jogue se torne uma experiência totalmente nova. Combinando isto a comandos simples, belos gráficos e um festival de luzes gritantes, este jogo conquista um lugar na galeria dos melhores.

PS: Não indico para quem tenha algum tipo de desordem neural, como epilepsia e etc. Está dado o aviso. Se algum de vocês vier me culpar, juro que mando o Undertaker lhe fazer uma visita!





From Russia With Love,
Mokozawa o/



2 comentários:

  1. Oi, tipo...
    Eu já tava seguindo esse blog, não sei desde quando nem porquê. Não me lembro de ter entrado aqui alguma vez na vida antes xD
    Mas gostei bastante dos teus posts, tipo, o jeito que tu escreve é legal, porque faz coisas do dia-a-dia ficarem divertidas (é um elogio) xD
    Também, deu pra ver que você é meio nerd e eu me identifico com nerds, por também ser uma (é um elogio também, pelo menos do meu ponto de vista, os nerds são a raça superior e vamos dominar o mundo)
    Anyway, vi que tu morou/mora em Canoas e estudou em colégio público a partir da 2ª sétima série... Tipo, eu moro em Canoas e tal, por isso pensei que devo te conhecer pessoalmente e por isso tava te seguindo... Mas por "Mokozawa" não lembro de ninguém? Qual teu nome / apelidos "convencionais"?

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  2. Valeu pelos elogios XD

    Meu nome é Vinícius, mais conhecido como Mokozawa, Esbelto, Azure, Pelé, Barack Obama, Pink Floyd e o Mágico de OZ.

    Sinceramente, não faço idéia de quem vosmecê seja, porém, segundo meus contatos na Rússia (obrigado, Olaf) fiquei sabendo que tu estuda ou estudava no Liberato e isso abriu minha mente para a única possibilidade existente: tu deve ser colega, ou ao menos conhecer o Lucas, o Kotarou que às vezes, quando não tá dormindo e fingindo que trabalha, costuma postar aqui também. ^^

    Foi um prazer ajudá-la, obrigado pela preferência e volte sempre.


    "You are now leaving the Batcave."

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