segunda-feira, 25 de julho de 2011

Let the carnage begin! - Rock'n Roll Racing




Na década de 90, jogos como F-Zero e Top Gear ditavam as regras sobre como deveriam ser jogos de corrida. Boa mecânica de jogo, uma pequena variação de veículos, pistas futurísticas (no caso de F-Zero) ou situadas em locais reais (em Top Gear, apesar de que até hoje eu espero ver uma pista de corrida no meio da Amazônia e em Machu Picchu) e uma trilha sonora impressionante que até hoje é adorada e lembrada por muitas pessoas. Porém, em 1993, uma pequena empresa decidiu inovar, lançando um dos maiores clássicos de corrida de todos os tempos.





De início, Rock'n Roll Racing tinha sido planejado como uma sequência para o já aclamado RPM Racing, remake de um programa da Electronic Arts chamado Rampage Destruction Set, lançado em 1991.

RPM era basicamente um simulador de corridas, como qualquer outro jogo de NASCAR ou Fórmula Um, porém a sua qualidade gráfica, impressionante para a época, fez o público clamar por uma continuação. Assim surgiu o projeto RPMII, com mínimas modificações do jogo original, porém que já eram o suficiente para fazer com que as pessoas desembolsassem uma boa grana.

Só que, em um certo dia, um dos produtores do jogo teve a brilhante idéia de adicionar músicas do bom e velho rock'n roll em algumas pistas. Porém, ao ver o resultado final, ele achou que isso não combinava em nada com o estilo de RPM e resolveu alterar o jogo inteiro.

Nascia Rock'n Roll Racing, que combinava os maiores clássicos do rock, uma jogabilidade extremamente simples, visuais psicodélicos e muita, muita destruição.




Não é só a velocidade que importa em jogos de corrida. Pelo menos não neste. O que importa, além de juntar dinheiro com as vitórias, é destruir seus adversários utilizando bombas, mísseis, minas, lasers e até o seu próprio carro através de corridas interplanetárias.

Rock'n Roll Racing oferecia uma alternativa simples e divertida aos outros jogos de corrida, unindo ação e velocidade. Enquanto a maioria dos jogos deste estilo tinha, e ainda têm, uma visão traseira do seu carro, RRR surgiu com uma visão diagonal da pista e dos veículos, conhecida como 2,5D, já que trabalha com a noção de profundidade mesmo sem explorar todas as três dimensões.

Os gráficos não são muito bons, já que tiveram que ser diminuídos para a adição das músicas, porém uma nova camada de cores foi adicionada, deixando o jogo muito mais colorido e psicodélico do que o seu antecessor, RPM.




O jogo segue um estilo criado por Mario Kart. Você enfrenta seus oponentes por uma série de estágios e usa power-ups, como mísseis e turbo, para destruí-los e ganhar a corrida. Os comandos são bem simples: você tem um acelerador, três botões para acionar os power-ups e o L e o R são utilizados para derrapar com o carro, porém são bem inúteis já que o próprio carro faz drifts automaticamente durante as curvas. É um pouco difícil no início, mas quando acostumar você se sentirá o Vin Diesel fazendo drifts em Tokyo.


A principal parte do jogo é o áudio. Além do som das derrapadas, explosões e batidas, a trilha sonora é composta por: Paranoid (Black Sabbath), The Peter Gunn Theme (Henry Mancini), Highway Star (Deep Purple), Born to be Wild (Steppenwolf), Bad to the Bone (George Thorogood) e Radar Love (Golden Earrings), que é uma faixa exclusiva da versão do MegaDrive.
Apesar de ser um arquivo em MIDI, a qualidade das músicas é excelente e elas combinam perfeitamente com o estilo do jogo.

Há também a excelente narração de Larry "Supermouth" Huffman (apelidado desta maneira por ser capaz de dizer 300 palavras em um minuto), que deu origem a várias frases clássicas, como "Let the carnage begin!" e "The stage is set, the green flag drops!", além de comentários muito bem-humorados acerca da posição dos corredores, quem está prestes a explodir, quem se atirou para fora do cenário, etc.





As corridas são compostas por quatro carros que degladiam entre si para poder ter a chance de vencer. Logo no início, você pode escolher um entre seis corredores e um carro para comprar. Conforme vai avançando e conseguindo mais dinheiro, você pode comprar carros melhores e inclusive comprar melhorias para ele, como um motor mais potente, melhor suspensão, mais tiros ou minas, etc.

Apesar de o número de corridas por etapa aumentar conforme se avança no campeonato, o número de pistas existentes no jogo não é muito grande, pois várias vezes você correrá na mesma pista por duas ou três vezes por campeonato. O número de veículos também não é muito grande, quatro ou cinco variações no jogo inteiro, o que acaba tornando tudo muito repetitivo e cansativo.






Meu veredicto: Apesar do pequeno número de veículos e pistas, o jogo só se torna repetitivo quando jogado no modo Single Player. Já no multiplayer, a diversão é muito maior e é muito difícil ficar enjoado de jogar.
Mesmo com estes pontos negativos, Rock'n Roll Racing vale muito a pena ser jogado, por sua trilha sonora excelente, uma jogabilidade bem prática e pela quantidade de modificações que podem ser feitas em seu carro, o que, com certeza irá lhe fazer jogar o mesmo campeonato por várias vezes seguidas.

Há ainda uma continuação lançada para o Playstation, mas nada mais do que isso deve ser mencionado sobre aquela porcaria...


Ah, e a produtora do jogo era a Silicon & Synapse, mas talvez alguns de você a conheçam atualmente como Blizzard Entertainment. Sim, aquela Blizzard dos Warcraft's e Diablo's, que desde aquela época vem trazendo alegria, para nós, nerds e gamers.


From Russia With Love,
Mokozawa o/

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