sábado, 23 de julho de 2011

As jogadas mais babacas na história dos jogos online




Alô, galera de peão!


Hoje estou feliz, apesar de já ser 4 horas da madrugada, não sentir minhas pernas devido ao frio e esta luz maldita do poste não parar de piscar.

A razão disto é a natureza ter lido meu apelo pessoal e dado um jeito de fazer com que o Kyogre voltasse a dormir e assim eu pudesse ir à padaria comprar condimentos essenciais para a minha cozinha, e também tivesse a oportunidade de andar um pouco antes que eu perdesse completamente o movimento das minhas pernas devido ao congelamento sanguíneo e tivesse que raspar o cabelo e comprar um jato e uma van.

Enfim, vamos ao post!





Dezenas de milhares de pessoas passam seu tempo livre em um mundo fictício que tem muito mais trabalho tedioso e idiotas do que a maioria dos trabalhos na vida real. Combinando o anonimato da Internet e pessoas que tem muito tempo livre, os MMORPG's são uma melhor garantia de "acontecer merda" do que um sistema digestivo, e costumam gerar resultados bem piores. Mas existem alguns caras espetacularmente babacas que puseram mais esforço em ferrar com estranhos do que deveria ser humanamente possível.



O Super-Roubo em EVE






O universo de EVE Online consiste em mais de 400.000 assinantes pilotando naves espaciais totalmente customizáveis através de 7.500 sistemas solares. Botar tantas pessoas no espaço com lasers soa como uma porta aberta para o "fodástico", mas os jogadores que andam por lá criaram uma economia de mercado livre totalmente funcional que faz tudo parecer mais um grande escritório de contabilidade espacial. A propaganda pode se parecer com isso...




... Mas não te avisa que você tem que comprar aqueles lasers. Pra fazer isso, em boa parte do tempo sua tela vai se parecer com isso...




Como na economia do mundo real, conseguir algum lucro no mundo de EVE é muito mais fácil se você formar corporações. Enquanto muitos perdem anos trabalhando unidos para um ganho mútuo, outros se comportam de uma maneira bem parecida com a das corporações do mundo real. Ou pelo menos como elas se comportariam se operassem em um universo onde assassinato é legalizado.

Por exemplo, a Guiding Hand Social Club assassina pessoas por dinheiro e rouba as coisas delas como bonus. Uma certa vez, eles foram contratados para destruir "Mirial", o presidente da corporação Ubiqua Seraph. Enquanto muitos jogadores de EVE passam literalmente horas quebrando rochas pra conseguir algum lucro, o GHSC usa um contrato pra mostrar pra todo mundo como Onze Homens e Um Segredo seria se acontecesse no universo de Star Wars.





Primeiro, eles conseguiram um trabalho na organização-alvo e foram subindo de posição. O assassino principal acabou se tornando o vice-presidente da companhia inteira.

Então, após um ano de tempo real de jogo, era hora de agir. Eles mataram Mirial, esvaziaram os cofres e hangares da corporação, roubaram tudo que não estava pregado e explodiram o que estava, e então , mataram Mirial novamente porque EVE é especificamente programado pra permitir que você mate a mesma pessoa duas vezes. A primeira lhe dá todo o XP e coisas de valores que ela tem, mas permite que ela escape em uma nave. A segunda não faz nada além de humilhar o outro jogador.

Na época, Mirial estava em uma Navy Apocalypse, o que em EVE é basicamente o equivalente à Death Star...



E sério, qualquer um que é morto em uma dessas merece
ser morto pelo menos duas vezes ¬¬





Eles congelaram o corpo de Mirial e venderam para o contratante, que pagou 500 dólares pela operação. O que não é nada se comparado aos 16.500 (novamente, em dólares reais) que valiam os itens destruídos ou roubados no ataque. E também, porra, pessoas estão pagando pra assassinar personagens de video-game agora!


Todos que não usam o Akuma já estão economizando.




A Praga do Sangue Corrompido






Em 2005, a Blizzard adicionou um novo Boss com uma magia que drenava HP (hit points, ou vida pra quem joga CS em lan house) de todos que ficassem perto dele. Já que simplesmente chegar perto do Boss significa que você estava prestes a morrer de qualquer maneira, eles não viram problema algum em tornar esta magia contagiosa. A única explicação plausível é que o pessoal da Blizzard nunca frequentou a Internet, e logo não fazia idéia de que a humanidade vai de "Não compartilhe esse vídeo cheio de merda com ninguém pois é horrível" para "ISSO É TOTALMENTE HORRÍVEL EU PRECISO PASSAR PRA QUANTAS PESSOAS EU PUDER!"

Jogadores logo descobriram como teleportar a praga pra fora da dungeon e levá-la para o (falso) mundo real. Uma pandemia em um MMORPG havia nascido.


Uma que resultou em mais esqueletos espalhados
por aí do que em Jasão e os Argonautas...





O HP que ela tirava era o suficiente pra matar instantaneamente jogadores de nível baixo, então jogadores de nível alto começaram a se teleportar pelos mapas o máximo possível. Porque se há algo que jogadores de World of Warcraft odeiam mais do que pessoas que não jogam, são pessoas que jogam mas não tanto quanto eles.

A praga matou jogadores novos, velhos, e até mesmo personagens não-jogáveis que não podiam ficar doentes mas agiam como transmissores, ou seja, falar com um NPC sobre matar 10 lobos podia te infectar e te matar.





Também foi algo revelador: em um jogo onde pessoas podem ser cavaleiros heróicos ou magos poderosos, muitos preferiram se tornar terroristas. Uma pequena força Taliban de carregadores da praga enfrentou a Blizzard ativamente, se escondendo nas montanhas, invadindo quarentenas e até incubando a praga, atráves de seus pets que ficavam infectados e depois passavam a doença novamente para os jogadores já curados. Eles forçaram a Blizzard a reiniciar, destruir e reconstruir o mundo inteiro do jogo. Foi babaquice em escala científica e de segurança nacional: cientistas da vida real e experts em bio-terrorismo estudam o caso como um exemplo. Provavelmente antes de se embebedarem até desmaiar, quando percebem que estão tentando proteger uma espécie que comete bio-terrorismo pra destruir um mundo que eles vão somente pra se divertir...



Despawn of the Sleeper (EverQuest)




Antes de tudo, pausa pra explicação. Para aqueles que possuem uma vida social e não sabem o que é Despawn. Esse é um termo que se refere há um grupo de inimigos ou um NPC que simplesmente desaparece ou que vai embora por alguma razão dentro de jogo. Obrigado.

Continuemos...


Você está jogando um jogo em que você mata coisas. O que você pensa sobre um dragão que mata coisas, só pode ser acordado se outros quatro dragões menores forem mortos antes e que agora está tentando te matar? Se você pensou "mate-o", você acaba de surpreender a Sony, que parece ter se esquecido que Everquest é jogado por meros sacos de ossos e carne pensantes e que se denominam "humanos". Kerafyrm the Sleeper, era o equivalente de EverQuest à Sauron, se Sauron fosse pro trabalho em uma Death Star. Ele tinha 100 vezes mais HP do que qualquer outro Boss, era imune a quase todos os tipos de dano, tinha dois ataques que matavam instantaneamente porque foda-se você e não funcionava direito porque era online e programado pela Sony.




Acordá-lo criava "Kerafyrm, the Awakened", também conhecido como
"Kerafyrm, fujam daqui" e "Kerafyrm, caralho, ele é grande".





Ele forçou as três melhores guilds a cooperarem, o que faz guiar gado e comandar figurantes em filmes indianos parecer uma tarefa fácil. Foi Vila Sésamo no estilo Senhor dos Anéis, especificamente o final do terceiro filme, por mais de três horas, 180 jogadores se tornaram uma horda Zerg.

Ressuscitando uns aos outros mais rápido do que o monstro podia matá-los, eles realizaram tarefas dignas de Hércules e que certamente questionam o conceito de "diversão" do jogo. Eles lutaram como guerreiros poetas, eles lutaram como escoceses e finalmente deixaram o monstro com 22% de vida, e foi nesse ponto que a Sony resolveu desligar tudo e dizer que era culpa dos jogadores. Então, se você se pergunta como eles podem deixar a PSN offline por dois meses e depois dizer que "está tudo bem", é porque eles estiveram praticando.





Eles pegaram a bola deles e foram pra casa, onde, no caso, a bola é um agente do caos gigante e o foco central do jogo inteiro.

Mostrando menos preocupação pelos seus usuários do que uma prostituta da Malásia, eles mandaram uma desculpa esfarrapada (e logo depois negada por eles mesmos) sobre como a programação de Kerafyrm tinha sido distraída por um NPC. Então, reiniciaram os servidores e mandaram os jogadores tentarem novamente.



Literalmente um foda-se pra galera...





Invadindo o Funeral (World of Warcraft)







Uma guild da Horda provou tudo o que as pessoas dizem haver de bom em relacionamentos online, fazendo um respeitoso funeral dentro do jogo para uma amiga que havia morrido na vida real, e uma guild da Aliança, Serenity Now, provou tudo o que dizem haver de ruim, massacrando todos presentes naquele momento. No quesito "jogadas babacas", foi efetivo e tático: todo mundo aglomerado, ninguém espera lutar e você tem um alvo a menos.





Provando que a única razão da Internet ainda existir é o fato de não ser possível matar alguém através do monitor, a maioria das pessoas familiarizadas com WoW simplesmente fez um facepalm e disse: "É, eles meio que pediram". Os alvos fizeram o funeral em um servidor PvP. As vítimas poderiam ter ficado de luto pela amiga em qualquer lugar que não fosse um campo de batalha, mas ao invés disso, eles queriam que uma tragédia real recebesse um tratamento especial vindo dos outros jogadores. Um servidor PvP é o mais próximo que a Internet chegar de uma guerra de verdade, mas em guerras você não vê soldados parando a guerra pra demonstrar luto pelos mortos no meio do campo de batalha.





Na verdade, soldados do mundo real demonstram muito mais respeito pelos mortos do que jogadores de WoW. Sim, foi estúpido da parte deles dar a localização exata do funeral e dizer que estariam sem nenhum tipo de equipamento ou arma, pois não pretendiam lutar, sem antes confirmar que todos estavam de acordo com a trégua. Sim, eles deveriam saber que acreditar em respeito mútuo online é como confiar em uma armadura feita de bife dentro da jaula de um leão. Mas, se os soldados Alemães e Britânicos conseguiram ficar uma semana sem vingar seus mortos durante a Primeira Guerra Mundial, eu acho difícil tomar o lado dos caras que não conseguiram se segurar durante uma hora em um falso mundo online.



Mas, essas guilds realmente não se davam bem...





Assassinando o Inventor dos MMORPG's (Ultima Online)






Richard Garriott inventou o MMORPG, e o sistema de computador que ele criou, encontrou uma maneira de matá-lo, exatamente como filmes dos anos 80 haviam previsto. Ultima Online foi o primeiro MMORPG a atingir a marca de 100.000 jogadores, ensinando os produtores sobre interação social e economia virtual e como os jogadores podem ser retardados colossais quando se fala destes temas. Programadores ingênuos passaram meses codificando aventuras e monstros somente para ver os jogadores imediatamente começarem a estuprar e burlar as mecânicas do jogo e as leis da física daquele mundo. Se jogadores de MMORPG estivessem por perto quando Deus disse "Que haja luz!", eles teriam chamado a luz de gay, e então mergulhado o universo de volta na escuridão.



Humanos com cabeça de cachorro cavalgando por aí
e muitas, muitas pessoas nuas...




Gangues de jogadores de nível alto exterminavam novatos no instante em que eles chegavam. Era o Jurassic Park dos retardados, exceto que os velociraptors seriam mais educados, pois as mãozinhas deles não conseguem digitar "PUTO" no teclado. Eles usaram glitches pra duplicar itens e quebrar a economia do jogo, mostrando um ódio extremo por novos cidadãos e total falta de consideração pela lógica econômica.


Quando o Sr. Garriott visitou o mundo virtual de assassinatos que ele criou, foi um plano digno do Comandante Cobra e que teria resultados previsíveis. Primeiro, a aparição altamente esperada atraiu todos os jogadores para um único local, travando os servidores beta. O jogo foi forçado a desligar as sentinelas automáticas enviadas para protegê-lo. Quando Garriott logou novamente, ele esqueceu de reativar a sua opção de invencibilidade. O usuário "Rainz" roubou um Fire Field Scroll, somente possível porque os guardas haviam sumido, e tentou investir contra o rei. O ataque foi tão aleatoriamente suicida (Rainz não fazia idéia de que a invencibilidade estava desativada) que os jogadores contratados para servirem de guardas de Garriott já estavam tirando sarro do assassino através do chat de texto, imaginando como o assassino achava que, "tal magia ridícula" poderia funcionar no rei invencível... visto logo ao lado daquele daquele texto, engolido pelas chamas.


Aquele ali é o rei. No meio do fogo.



Quando o rei deles foi simplesmente incinerado, eles reagiram tão racionalmente quanto "video-gamers que provaram estar errados" e um "warlock de alto nível com acesso a demônios" reagiriam, invocando hordas de monstros e massacrando todos que estavam no castelo. Sem os guardas, os jogadores puderam revidar, desencadeando um enorme motim virtual que terminou com administradores teleportando grupos inteiros de jogadores para o espaço, onde eles sobreviveram aproximadamente da mesma maneira que pessoas reais da Idade Média sobreviveriam no espaço.



Bem, pelo menos o beta-testing foi bem-sucedido. Garriott queria descobrir como eram os jogadores de MMORPG, e eles o mataram simplesmente por poder matá-lo.



Ataque Peniano (Second Life)






Second Life é um ambiente totalmente virtual que complementa a realidade, ajudando pessoas que não são boas em nada no mundo real a voluntariamente se excluírem da sociedade. Uma das maiores figuras deste mundo é a milionária Anshe Chung. Professora no mundo real, Ailin Graef criou Anshe como um avatar em Second Life, mas conforme os negócios virtuais do avatar iam crescendo, ela acabou adotando o nome "Anshe" como seu nome real e teve que agir como sua própria avatar durante várias entrevistas.





Em um adorável engano acerca da tecnologia, CNET tentou filmar uma entrevista "ao vivo" no mundo virtual, se esquecendo que o auditório dos estúdios reais só se comporta porque a segurança pode esmagá-los, e Second Life não é TRON, logo essa idéia não funciona por lá.
A entrevista havia recém começado quando Anshe foi bombardeada por uma armada de pênis voadores desencarnados.



Eles só foram filmar outra asiática falsificada rodeada por tantos pênis
quando Tila Tequila resolveu gravar A Shot at Love...






Infelizmente, redes de televisão realmente acreditam que são capazes de enfrentar um ataque direto, ao invés de desligar tudo e xingar muito no Twitter, o que deixou Anshe sob ataque total do exército de cyber-pintos. Ela se teleportou pra poder escapar do que já estava se tornando um hentai bukkake, e revelou que realmente não faz idéia de como a Internet funciona. Decidida a não retornar à CNET (agora já segura), ela convidou todos para entrarem no servidor caseiro dela. Há caras pulando através de campos minados com uma perna só que são capazes de reconhecer um padrão de maneira mais eficiente do que essa...

O bombardeio peniano imediatamente começou, com o corpo virtual dela sendo atacado por imagens photoshopadas do corpo real dela segurando um pênis falso.




O enorme número de pênis atacando uma mulher virtual acabou derrubando o servidor de Anshe, gerou uma enorme publicidade pra ela e deu várias idéias de seriados para produtores de TV.



O Super Esquema de Investimento (EVE Online)






O jogador "Cally" venceu em EVE Online apesar de ser um jogo de multiplayer massivo sem condições de vitória. Outros jogadores ganham ISK (a moeda do jogo) através de mineração, completando quests ou matando uns aos outros. Cally, por outro lado, simplesmente pediu pra ganhar. E funcionou, e não havia nada que podia ser feito contra isto. Porque enquanto os outros perdedores entravam na economia como trabalhadores honestos, ou corporações, ele percebeu que poderia entrar como um banco.




Ele passou meses controlando o Banco Intergaláctico de EVE ( EVE Intergalactic Bank, ou IEB). Ele oferecia empréstimos para corporações iniciantes e mineradores que queriam comprar ferramentas, com taxas de interesse e planos de juros e pagamento, e sim, eu ainda estou falando de um jogo que as pessoas aparentemente jogam pra se divertir.




Cally certamente se divertiu: ele concluiu a fantasia secreta de qualquer banqueiro na história da humanidade, quando num certo dia, ele simplesmente logou e pegou todo o dinheiro. Todo o dinheiro era 790 bilhões de ISK, uma média de 170.000 dólares reais, o que ele usou para se tornar o maior vilão de video-games de todos os tempos. Ele gastou boa parte do dinheiro com a compra de uma nave de guerra ridiculamente poderosa, outra parte colocando uma enorme recompensa na própria cabeça, então navegou pelo universo afora simplesmente desafiando todos a matá-lo.




O maior dedo do meio da história.




A pau-no-cuzice extrema? Ele postou um vídeo de 15 minutos falando sobre como ele conseguiu escapar, tirando sarro de seus leais empregados da EIB, dos inimigos que falharam em parar ele e os otários que simplesmente pagaram pra ter seu dinheiro roubado. E como em EVE não há nenhum tipo de moderador que possa lhe punir, não houve nada que pudesse ser feito contra as ações dele. Entendam: Cally é agora oficialmente mais esperto do que todos os vilões de James Bond unidos, porque ele encontrou um meio de fazer um monólogo explicando todo o plano sem ser morto!





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