terça-feira, 11 de maio de 2010

As Fábulas de Um Mago - "O Deus"





Diante deles estava algo que não podia ser explicado. Algo que suas mentes se negava a tentar entender. Um ser feito de pura energia negra, vindo das Trevas, seu corpo feito de fogo, brandindo um chicote ameaçadoramente.

Vendo o desespero que sua forma real causava à mente dos aventureiros, o ser decidiu tomar uma forma mais humana, mais compreensiva para a mente mas não menos poderosa e maligna.

"Há tempos que alguém não entra em meus domínios." - disse o ser, sua voz capaz de inspirar medo nos mais bravos guerreiros.

"Quem...o quê é você"? - perguntou Kreyast, avançando em direção ao ser.

"Eu? Algo que sua mente nunca será capaz de entender. Sou o tudo e o nada. A luz e a escuridão. A esperança e o sofrimento. Vida e morte. Guerra e paz. E acima de tudo, o Caos."

"Você...é um Deus..."

"Sou algo muito superior. Algo que vocês não seriam capazes de colocar em palavras."

"O quê você faz aqui? Você é o guardião?" - perguntou Kreyast, em tom de desafio.

"Não gosto do seu tom de voz, ser." - disse o demônio, balançando a mão e fazendo Krey voar em sua direção - "Talvez eu devesse quebrar o seu corpo agora mesmo..."

"Tente! Verás que não és mais rápido do que uma flecha disparada por um caçador élfico, descendente dos Highborne e filho de Kael'Thas!" - bradou Snufu para o demônio, levando a mão a aljava, retirando três flechas e prendendo-as firmemente no arco.

"Falas muitos nomes mas não me demonstras nada, filho de Kael. Vejo que seu pai ainda é um elfo inútil que não é capaz de dar um treinamento decente...e um pouco de respeito para os seus filhos...Como se chamas?"

"Meu nome é Snufupugos, guerreiro de Sunspire!"

"Muito bem, Snufupugos, guerreiro de Sunspire. Me chamo Mor'ghor..."

"Se és tão poderoso...porque queres saber o nome de um mero elfo? - perguntou o mago.

"Apenas gosto de saber o dos insolentes que mato."

E falando isso, bastou que levantasse um dedo para que o corpo de Snufupugos fosse rasgado ao meio e voasse para dentro do abismo.

"SNUFU!!" - berrou Krey.

"Fui piedoso. Deixei sua alma livre. Ele será capaz de voltar, isso é, se conseguir escapar do local que o enviei..."

"Maldito! MORRA!"

Krey puxou uma flecha, o mago a encantou com o seu poder arcano e ela atravessou a cabeça do demônio que urrou de dor e caiu ao chão.

"Snufu....seu maldito..."

"Vamos Krey. Vamos embora daqui antes que algo mais aconteça."

"Está certo.....mas depois, nós...AAAHHHH!"

"Krey!"

Krey estava parado no ar, sem um de seus braços, seu estômago perfurado por uma adaga.
O demônio se levantara e começara a tomar a sua forma original, o medo começava a voltar a mente dos aventureiros.

"Desrespeitosos...insolentes...e poderosos. Gosto disso! Pena que não gosto de ter escravos. Morram, pequenos elfos."

O demônio levantou o seu chicote e o lançou em direção aos dois elfos. Um estrondo encheu a caverna e a sensação de medo passara. O mago se sentia bem, feliz, como se tivessem lhe devolvido a esperança. Olhou para a ponte e deu o primeiro sorriso verdadeiro que dera nesses dezoito anos. Pristsenchas chegara.

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