segunda-feira, 3 de maio de 2010

Livro de Ymir ~ by Mokozawa's point of view



O Livro de Ymir, mitologia nórdica e aquela baboseira toda. Todo mundo sabe o que é ou já leu algumas páginas, não? Bem, se não leram, saibam que perderam muita coisa congruente, porém, não temam pois irei relatar uma pequena passagem deste belo exemplar pecaminoso, aqui.



CAPÍTULO II (DOIS)
TREINAMENTO DE GUERRA



Mais uma acalorada tarde na província de Wempshire, 7 milhas ao norte de Payon, quando um jovem sai as pressas de casa. Fora chamado a uma reunião que não acontecia a algum certo tempo, e devo admitir, ele parecia um tanto empolgado com aquilo.
Em posse de sua montaria, que na época ainda não havia sido privada de uma de suas pernas, o rapazote cavalga em direção ao palácio de um de seus companheiros, Sir Kotarou.
Tudo ocorre remansadamente, o rapazote chega no palácio, faz a batida secreta no portão e lhe é permitida a entrada. Lá dentro já encontravam-se Barba Ruiva e um colono da região.
Após alguns minutos para um breve descanso e um pouco de hidromel, os jovens partem em direção a uma região inóspita do reino, onde os fracos são humilhados e transformados em escravos ou evaporados.
Lá, encontram-se com o Lorde da parte Norte da região, Sir Ryu, conhecido pela sua notória velocidade e destreza e com o Lorde do Sul, Kyo, principal causador das inundações e desaparecimentos misteriosos que lá ocorrem.

Passados alguns momentos para mais um pouco de hidromel, Kyo, sob muita pressão de seus colegas de auditório, aceita sair em uma pequena aventura, indo desbravar a malevolente Morada das Acácias.
Passeando pelo local, subitamente, Barba Ruiva sente uma vontade imensa de adentrar a floresta que ali havia. Por qual razão, perguntam-se? Talvez se eu disser que o Colono adentrou com ele, vocês possam gerar alguma idéia...
Sir Kotarou, sagaz, como sempre, propôe para os outros integrantes fugirem dali e deixarem Barba Ruiva aproveitar as condolecências anais do Colono sem nenhuma interrupção. E assim o fazem, montados em seus alazões, um deles com uma pequena deficiência devido às batalhas na qual participara, os rapazotes fogem dali e buscam se esconder para que não sejam encontrados, pois esta é a única razão para alguém se esconder, não ser encontrado, certo? Novamente, divaguei. Continuemos...

Os garotos se separam, cada um seguindo em uma direção diferente, e a partir deste momento, só poderei relatar o que o altivo guerreiro Mokozawa viu e viveu, pois somente o seu caminho que o Livro de Ymir me permitiu visualizar.
"Me separei do grupo. Parece que os "abandonados" ainda não terminaram a sua desbravação anal...Isso é bom, tenho mais tempo para arranjar algum lugar decente para me enfiar...Acho que vou procurar alguns galhos e construir uma cabana..."
E assim o garoto o faz, sai em busca de matéria-prima para montar o seu esconderijo, quando, descendo uma das colinas, avista o inimigo, e o inimigo o avista.
"Droga! Fui muito displicente com minhas ações! Me expus demais! Preciso sair daqui, logo."
Mas era tarde demais, Barba Ruiva o avistara, e com as energias recuperadas após sua folia junto de Colono, ele avançava para cima do jovem viajante com uma fúria e um ímpeto avassalador que somente o Minotauro de Creta seria capaz de igualar.
Mesmo sendo um jovem descrente e sem religião, o pequeno prodígio se põe a rezar, e como se o próprio Odin tivesse ouvido suas preces, a cela da montaria de Barba Ruiva se arrebenta, causando a sua parada brusca e possibilitando que Mokozawa escapasse.

O herói se une a Kyo e Ryu, ao pé de uma das colinas e descobre que Sir Kotarou fora capturado e tomado pelo lado das trevas. Sua salvação era impossível.
Após lamentarem a perda de seu companheiro e brindarem sua honra com um pouco de hidromel e pão-dos-elfos, os guerreiros começam a planejar uma aproximação, mas, uma visão sinistra surge diante de seus olhos.
No topo da colina, Sir Kotarou, ou o que restara de sua pobre alma, destruída por uma fúria incontrolável, olhava-os. Parado. Imponente. Então, levanta um de seus braços e o aponta em direção ao trio e pressentindo o que estava para acontecer, Kyo berrou: "DEBANDAR!!!"
Um segundo após, um frio intenso tomou conta de seus corpos. Era como se algo lhes privasse totalmente de sua felicidade. Suas mentes estavam fracas.
"Senti que era o fim. Olhei para atrás e avistei Barba Ruiva descendo a colina, mais rápido que Thor, ultrapassando a velocidade da luz de Aiolia. Neste momento, temi. Não por mim mas por Ryu, quando percebi que uma das pernas de sua montaria estava comprometida e não poderia prosseguir carregando-o. Olhei para Kyo, que possuía o mesmo olhar de terror e tristeza por saber o que estava prestes a ocorrer com nosso companheiro. Ouvimos o som da batalha. E assim como começara, acabou. Escapamos, mas as custas de mais um aliado."
"Fiquei patrulhando a região junto a Kyo. Estávamos abalados mentalmente pelo o que havíamos acabado de passar, mas continuamos, em nome de nossa honra de guerreiros da Ala Zanha."
Kyo e Mokozawa decidem se separar novamente, para aumentar a velocidade de sua patrulha. Tudo ocorre bem, eles patrulham e voltam ao local combinado. Porém, ainda era metade da tarde e aquele dia seria longo, muito longo.
"Alguma coisa estava errada. Estava tudo tão quieto, como se...como se pudessem observar cada movimento que fazíamos. Tenho que parar de pensar nessas coisas. Preciso me encontrar com Kyo e contar a ele que..."
Mas a sua frase fora interrompida, por um urro de raiva e puro ódio. Enquanto Mokozawa divagava sobre o que estava acontecendo, Barba Ruiva o flanqueara e agora vinha em sua direção, cavalgando furiosamente.
Mokozawa virou-se em direção a parte baixa da montanha e cavalgou. Cavalgou, cavalgou e cavalgou. Cavalgou até fazer os cascos de seu cavalo sangrarem. Atravessou rios, planícies, labaredas de fogo. Mas ainda era capaz de sentir as trevas o perseguindo.
Então, ao pé da montanha, avistou Kyo. Um súbito alívio o atingiu, porém sumiu, logo que na sua mente veio o pensamento de que do local em que Kyo estava, não era possível de se avistar barba Ruiva. O desespero o atingiu. Não ligava que Barba Ruiva o alcançasse pois sabia que ainda haveria Kyo para lutar contra o vil cavaleiro-negro. Porém, Kyo estava a alguns metros a sua frente, parado, esperando Mokozawa chegar, sem se dar conta de que o perigo estava logo ali atrás.
Mas, com exímia precisão cirúrgica, Mokozawa passa entre Kyo e um dos pilares que mantinham em pé o arco de entrada da montanha, e avisa seu companheiro: "Ele está vindo!"
"Onde?!", berra Kyo.
"Ali atrás!", responde Mokozawa
Kyo olha para o lado e vê Barba Ruiva a metros dele, destruindo as árvores em seu caminho, atropelando e estraçalhando cervos e coelhos, a sua fúria aumentando por demorar tanto tempo para alcançar uma presa.
Mas o que aconteceu a seguir, me fez crer, definitivamente, que Odin e seus aliados protegiam estes dois guerreiros.
A poucos centímetros das costas de Kyo, com seus dedos abrindo e fechando, prontos para agarrar o pescoço e dar um fim a vida do valente herói, mais uma vez, a cela de Barba Ruiva se arrebenta.
Com o pouco de força que lhe restava, Kyo começa a pedalar mais rápido e foge em direção ao topo de uma das colinas.
Mokozawa se esconde por algum tempo e começa a patrulhar novamente. Quando, no topo de uma das colinas avista uma figura amiga e corre em sua direção. Kyo estava escondido, entre pequenos arbustos, suficientes para esconder um anão ajoelhado ou um ser humano sentado. Amarrara seu alazão em um toco de árvore ali perto e colhera alguns frutos de uma árvore próxima.
Os dois começam a traçar planos de batalha para acabar de uma vez com a ameaça que era Barba Ruiva, quando ouvem as vozes do Colono e de Ryu. A dupla passava logo abaixo de onde eles se encontravam. Então, chegaram Sir Kotarou e Barba Ruiva e após algum tempo, partiram.
Mokozawa quis ver onde iam e decidiu segui-los. Tola decisão.

Ao pé da colina, foi avistado por Ryu e Colono, que estavam sem as suas montarias e foram fáceis de serem despistados. Decidiu voltar até Kyo, porém, quando chega ao topo, a poucos metros de seu amigo, avista Colono no outro lado da colina. Tenta se abaixar ao máximo que seu corpo lhe permitia mas ja fora avistado.
"Ele veio em minha direção. Mas o meu problema não era fugir. Colono possui uma capacidade mental comparável ao Quasimodo, mas, pela rota que ele traçava, logo ele avistaria Kyo, e então estaríamos perdidos."
Com um último ato heróico, reunindo toda a força que lhe restava, Mokozawa começa a correr em direção a Colono, para chamar a sua atenção, o que, surpreendentemente, é super efetivo.
Colono anda até ele, com um olhar triunfal por tê-lo encontrado. Mal sabia que acabara de cair no plano de Mokozawa.
Porém, o estranho corcunda avista o cavalo de Kyo.
"Está tudo acabado! Ele vai ver Kyo e vai chamar Barba Ruiva!"
MAS...Mokozawa se surpreende com a incapacidade mental do garoto:

"WOW! O cavalo do Kyo está aqui!"

"Sim...."

"Isso quer dizer...que ele está aqui por perto...."

"Não! Eu o vi correr para aquele lado!"

"Tem certeza? Não sei se ele abandonaria o cavalo dele..."

Então, Colono começa a andar pelo local, procurando por Kyo que se escondera atrás de umas minúsculas moitas.
Kyo estava agora, exatamente na frente de Colono, mas, incrivelmente não havia sido avistado! Ainda havia alguma esperança.

"Sim, tenho. Combinamos de nos encontrar lá embaixo mas tu fostes mais ágil do que eu e conseguiu me capturar. Vamos, eu lhe ajudo a encontrá-lo!

"Hmmm, tudo bem. Sabe, você é um cara bem simpático."

Mokozawa, discretamente, se vira e olha para Kyo que estava a beira de um ataque de risos devido a ignorância abissal de Colono.

Entretanto, Barba Ruiva, Ryu e Sir Kotarou chegaram. Colono lhes avisou que capturara Mokozawa mas que Kyo havia abandonado a sua montaria.
Ryu, que não havia sido tomado pelo lado negro, avista Kyo em meio aos arbustos. Isto a uma distância considerável, visando que Colono não o viu a alguns metros de distância...
Enfim, Kyo acena para Ryu, que retribui o aceno mas Barba Ruiva sente as intenções amigáveis de Ryu e, prontamente, percebe onde está Kyo, indo ao seu encontro e o enfrentando até a morte.




Aqui acaba o segundo capítulo de Livro de Ymir, segundo o jovem Mokozawa. Não sabemos o que ocorreu com Kyo, Barba Ruiva ou os outros integrantes desta jornada. Sabemos, pelo menos, que todos vivem, pois guerreiros como estes, não podem ser mortos enquanto suas lendas existirem nas mentes e nos corações dos que acreditam nelas.


Au revoir! E até o próximo capítulo, que tentarei decifrar ainda este ano õ/








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