terça-feira, 11 de maio de 2010

As Fábulas de Um Mago - "O Fim"




O demônio caiu no chão. A magia de cura de Pristsenchas o atingira no peito e deixara uma enorme queimadura.
O Esquecido correu em direção aos outros dois e botou-se a curar Krey.

"Eu sabia! Eu sabia! Eu disse para não virem para cá!"

"Pode salvá-lo?"

"Com o que tenho aqui, não. E com esses ferimentos, ele não vai aguentar."

"Me...deixem! Fujam! Eu cuido dele."

"Claro que cuida. Da mesma maneira que estava cuidando até agora! Fique quieto aí e me deixe colocar esses curativos, homem!"

"Você matou ele...a coisa?"

"Não! Claro que não! Nada mata um demônio. Nada deste mundo, pelo menos."

"Então o que faremos?"

"Sair daqui. Demônios ficam selados em lugares como este e não podem sair a não ser que sejam libertos por um clérigo poderoso. Ele não vai poder nos seguir."

"Ok, vamos. Eu carrego Krey e você o cura."


O trio atravessou a ponte e correu em direção as escadas, na mesma hora em que o demônio levantava e brandia seu chicote contra as paredes da caverna.


"Lá vem ele!"

"Rápido!"

Mas o monstro era como uma sombra, se movia rapidamente e não podia ser visto. Surgiu do chão, a frente dos viajantes e brandiu o chicote em direção ao mago. Não houve dor. O rapaz sentiu algo molhar o seu rosto. Abriu os olhos e viu Krey parado a sua frente, sem cabeça. Se sacrificara para salvar o mago.
Tomado por uma raiva que nunca sentira antes, o mago se levantou e começou a recitar palavras élficas rapidamente. Prist se assustou com o que via. Nem o próprio mago sabia que conhecia aquilo. Eram palavras nunca usadas por nenhum mago de seu tempo. Palavras antigas, usadas pela linhagem arcana de Kael, líder e pai de todo o seu povo.

"Prist! Use um feitiço e aumente meu poder!"

"Mas...você vai destruir o lugar!"

"Mas vou causar um grande estrago nele também!"

"Mago...seu louco!" - berrou Prist, usando um feitiço para aumentar o poder da magia do mago.

"Não funcionará, elfo. Nada pode me matar."

"Hahaha! Não quero lhe matar. Só quero sair daqui e beber um copo de hidromel!"

"MORRA, MAGO!"

"AAAAAHHH!"

Um raio de luz saiu do Monastério, seguido de uma enorme explosão. Dos vilarejos próximos, todos viram a enorme chama que saia da montanha. O homem na taverna viu aquilo e disse para si mesmo : "Enfim, começou."

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