sexta-feira, 14 de maio de 2010

Missão Impossível


Ladies & Gentlemen, cá estou eu, interrompendo a emocionante história do jovem Mokozawa, para fazer algo que não é de minha índole. Contarei meu trajeto de vida de algum tempo para cá, sendo esse texto mais destinado a uma pessoa específica (espero que ela não me odeie por fazer isso [estilo recado pra Dani, do grande Cyber Oresko {procurem recado pra Dani no youtube}]), porém acho que meus amigos leitores desse blog merecem saber (se bem que alguns já sabem meio por cima) o que se passa em minha insana mente.

Em torno de 3 anos atrás, minha família começou a zuar em meu grande pai, devido a sua inexpressão. É algo admirável, de fato. Sua expressão de felicidade não é nada diferente da sua expressão de tristeza, desapontamento, emoção, surpresa, medo ou indiferença. A verdade é que sua face é constante e imutável.

Pensei profundamente quanto a isso, e conclui que essas habilidades deveriam ser encontradas em mim também. Em pouco tempo já usava-as bem, atazanando as pessoas e sendo rápido o suficiente pra que, quando olhassem pra mim, estivesse com o rosto sereno como se estivesse dormindo parado. Isso me foi muito útil, minhas avacalhações foram amplificadas devido a isso, e isso é bom.

2009, sai do meu amado Lampert e fui pro Liberato. Na época, havia brigado com muita gente do Lampert, e achei que seria bom uma total remodelagem das pessoas ao meu redor. Erro fatal. Odiei as pessoas daquele colégio, que acham que alegria é tirar 10 na prova, tristeza é tirar 5,9 e ser inteligente é ir bem nas mesmas. E devido ao meu desapontamento, minha inexpressão foi me dominando e assim eu fiquei conhecido como inexpressivo na sala. Não falava com quase ninguém, não me alegrava lá e tudo mais. 2009 foi assim a metade do ano, até que conheci o jovem Rambo e comecei a conversar com ele e me sentir um pouco menos arrasado.

2010, novas esperanças. Cuidei os alunos novos, em busca de alguém que me parecesse legal. Em minha turma entraram poucos novos, alguns até que me agradaram. Me tornei mais amigo de um pessoal da Eletrônica (eu faço Mecânica) e as coisas estavam indo melhor. Até que notei uma quieta garota em meu ônibus, que me despertou interesse. Ela me lembrava a mim no ano anterior, não falava com ninguém e estava sempre ouvindo música.

Tentei me aproximar dela, mas era algo difícil. Não tinha muitas oportunidades pra falar com ela, apenas no ônibus, e ela estava sempre ouvindo música ou lendo. Com o devido esforço comecei a conversar com a jovem senhorita. Até hoje não sei muito sobre ela, mas acabei descobrindo que ela não tinha muito em comum comigo. Eu sou um garoto mais antiquado, gosto de sair com meus amigos, ouvir meu rock e destruir tudo ao redor; ela é uma garota que gosta de festas, querida por todos e sem frescuras quanto a música.

Conforme ia conversando com ela, ia me sentindo melhor naquela escola. Finalmente havia alguém naquele colégio que eu queria ser um amigo mesmo, não um colega. Não era mais tão torturante acordar cedo, porque via como mais uma oportunidade de conversar com minha nova amiga. E com isso minha inexpressão foi enfraquecendo.

Nossa vida tem épocas. Eu gosto de dividi-las baseando-me em quem foi minha grande companhia durante o período. Existiu a época que eu falava demais com o Ryu, a época que eu falava demais com o Kyo, com o FrancoX, e assim por diante. Nessa época devo dizer que quem eu mais queria conversar era minha nova amiga.

No entanto, como nem tudo na vida são rosas, minha visão quanto a ela mudou. Nada especial, apenas os velhos sentimentos que todos jovens periodicamente acham que já se livraram, mas sempre voltam em momentos inoportunos (isso me intriga até hoje, já que quase não a conheço). Com o devido drama, expressei a ela, infantilmente (ainda sou um jovem gafanhoto, não tenho porque usar termos formais), o que eu sentia. Ela riu e tivemos uma rápida conversa sobre isso.

Chegando em casa, pus me a pensar sobre a situação, e ao notar tudo que havia acontecido, já não tinha mais vontade de ficar sério. Passei o resto do dia rindo sozinho, até que encontrei meus amigos velhos de guerra e ri mais com eles.

Hoje quis testar minha felicidade, e de fato me sinto muito melhor. Até mesmo meus colegas não estão mais me parecendo tão idiotas (alguns, pois ainda existe um número considerável de ignóbeis). Conversei muito mais e até posso dizer que me diverti um pouco hoje.

Espero que com esse texto que narre toda uma história de uma nação que lutou bravamente durante anos pela independência, ela veja que eu não sou um completo idiota louco, e espero ansiosamente pelo dia em que ela vá querer e poderá me acompanhar em alguma batalha épica fora daquela escola.

Presto meus agradecimentos a jovem senhorita que me proporcionou essa alegria interior, aos meus amigos que tiveram o prazer de me ferrar quando tiveram chance, ao Bino por proporcionar loucas aventuras todos os dias, a Galileu Galilei, subordinado do Bino, por pechar em um ciclista em um dia já passado dessa semana e a Ala Zanha, por manter nosso mundo em segurança.

3 comentários:

  1. Muito bonito...
    acho que desloquei o meu MAX CILAR

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  2. Comments rápidos:

    1- "...espero ansiosamente pelo dia em que ela vá querer e poderá me acompanhar em alguma batalha épica fora daquela escola."

    Subentende-se, tu e ela right? Porque batalhas épicas com mais de um membro da Ala Zanha geralmente levam a vulcões que atrapalham o tráfego aéreo e surfistas perdendo ondas radicais ._.


    2- "Tentei me aproximar dela, mas era algo difícil."

    Se não tivesse lido o resto, já teria dito pra não se preocupar pois tu acabaria duelando mano a mano com ela em um campo minado e acabaria sendo derrotado e explodido. Mas diria pra não se preocupar de novo pois um velho com visões políticas incoerentes te chamaria pra armada dele, te daria um robô gigante e tu tentaria derrotar ela, o que resultaria em fracasso e tu ainda perderia boa parte do teu corpo. Mas novamente, não se preocupe porque uma doutora muito da sapeca te traria de volta a vida como um cyborg ninja e tu tentaria vingança contra a garota a tua vida toda, até que no final, tu se sacrificaria por ela sendo esmagado por um robô gigante pilotado por um loiro sádico que ri do teu fracasso ._.
    Aaaah Metal Gear *-*

    3- "...Ala Zanha, por manter nosso mundo em segurança."

    Sem mais commentes meritíssimo (h)

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  3. Cara só tenho uma coisa pra te dizer do fundo do meu coração com ponte de safena...

    O NEGÓCIO É BOTAR PRA DENTRO,MAS BOTA SÓ METADE, O RESTO FICA PRO VAI-E-VÊM...

    melões pra ti cara...

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