terça-feira, 11 de maio de 2010

As Fábulas de Um Mago - "Prólogo"






Após alguns segundos terrestres pensando se deveria compartilhar essas histórias, decido que sim, devo compartilha-las, pois afinal, vivo em uma democracia e sou livre para postar o que eu quiser, com o consenso da Interpol, é claro.
Este conjunto de fábulas retrata as aventuras de um mago por uma terra desconhecida para ele, em busca de glória e companheiros para compartilhar uma boa dose de hidromel.



Um certo dia, um jovem rapaz, um belo exemplar élfico se me permitem dizer, acordara em sua cidade natal. Nada acontecia por lá, era tudo muito pacato. No máximo, alguns homens caçavam enquanto as mulheres cuidavam de suas casas. Uma cidade comum, até demais.
O rapaz completara 18 anos, idade em que um elfo deixa de ser uma criança mimada e se torna um guerreiro. Era hora de falar com o mestre e se tornar um caçador. Mas aquele garoto não queria ser um deles. Queria fazer as pessoas deixarem de pensar em elfos como seres altos, loiros, com arcos e uma capa. Queria se tornar algo mais profundo, mais glorioso, mais poderoso. Queria ser um mago. Porém, desde que os humanos traíram os ancestrais deste povo e os deixaram para morrer nas mãos dos inimigos que invadiam, a magia arcana já não se fazia tão presente quanto no passado. Mesmo com todo o seu conhecimento, as fontes de energia arcana que possuíam não eram tão avançadas. Mas dane-se isso tudo, o garoto queria ser um mago e isto é o que ele se tornou.

Após um longo e intenso treinamento, lá estava ele. Em frente aos portões da cidade, um genuíno mago. Não podia mais permanecer lá, magos não eram bem-vindos. Então, partiu em direção a capital dos "Esquecidos", um grupo de guerreiros que conseguiu escapar do comando das Trevas e construira sua própria cidade.
Por um longo tempo viajou, até que encontrou a cidade. Ficava embaixo das antigas ruínas da capital humana e era habitada por todo e qualquer tipo de ser que vivia nos Reinos do Leste.
Montado em seu Strider, uma espécie de falcão terrestre, o jovem entra na taverna da cidade e começa a puxar assunto com alguns homens que estavam no canto mais escuro. Não via seus rostos pois estavam encobertos por capuzes negros e vermelhos mas percebia que também eram descendentes dos Highborne dos tempos antigos.
Se aproximou do grupo e tentou arrancar alguma informação deles:

"Olá, senhores. Posso me sentar junto a vocês?"

Os homens o analisaram por um bom tempo, até que um deles soltou uma gargalhada e disse:

"Sabe caçar?"

"Não muito bem...normalmente os animais que caço acabam torrados."

"HA! Mais um desses malditos magos! Traindo nosso povo, buscando ajuda dos demônios! Para que, me pergunto? Só para mostrarem que são melhores do que nós, caçadores! Suma daqui! Não precisamos de um traidor fedido como você!"

"Como quiser, senhor. Foi um prazer."

O rapaz se dirigiu a saída, quando um residente da cidade que vira o ocorrido lhe chamou:

"Ei, mago. Venha cá, tenho uma proposta para você."

"Diga o que queres, criatura."

"Possuo uma fazenda...na verdade, não é minha mas...enfim, alguns espíritos dos camponeses que foram mortos na guerra começaram a aparecer lá e agora a alguns paladinos também... No início achei que eram aliados, eles vestem nossas roupas e usam nossa bandeira mas quando me aproximei, me atacaram com flechas. Agora não posso voltar para lá!"

"Ainda não me disseste o que queres, homem..."

"Quero que expulse aqueles espíritos e os paladinos!"

"Sou um mago, não um exorcista."

"Não minta! Sei que magia pode tudo, até transformar as coisas!"

"Verdade...posso transformar coisas...como pessoas em cabras, gostaria de tentar?"

"Droga, elfo! Diga logo se me ajudará ou não!"

"Devia procurar um feiticeiro. Eles tem algum conhecimento em demonologia, seriam mais úteis."

"Não confio neles...andam por aí, com seus criados demônios e seus cavalos flamejantes. Argh! Sinto náuseas só de pensar naquele cheiro de carne queimada."

"Tudo bem, homem. Me diga onde é a sua fazenda que verei o que posso fazer."

"Pegue este mapa. Está marcado onde você deve ir mas aconselho a levar mais algumas pessoas. Não pelos espíritos mas pelos paladinos. Soube que eles são a elite da sua classe."

"Um mago não teme estes idiotas que se dizem mensageiros divinos. Eles possuem a luz divina, nós, possuímos os poderes dos demônios antigos. Veremos qual caíra primeiro."


E assim, o rapaz deixa a cidade e vai ao local que o mapa do homem indicava. Nem percebera que estava sendo seguido...

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